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Crianças portuguesas são as que comem mais fruta
2015-01-31

Estatuto sócio-económico dos pais é importante factor de risco para o excesso de peso e a obesidade

As crianças portuguesas são as que comem mais fruta, quando comparadas com as de outros seis países europeus. Em média consomem fruta pelo menos uma vez por dia, mais do que as belgas e as francesas, as piores classificadas nesta espécie de ranking. Mas há diferenças significativas em função do estatuto sócio-económico dos pais.

Este são os primeiros resultados do projecto europeu EPHE (EPODE for the Promotion of Health Equity) , que visa avaliar o impacto de acções de promoção de hábitos alimentares saudáveis e de actividade física na redução das desigualdades em crianças dos seis aos nove anos.

Sobre os resultados de Portugal, apesar de o consumo de fruta se "destacar pela positiva", uma criança que pertença a um nível socio-económico mais baixo come menos fruta do que uma criança de famílias de um nível socio-económico superior, explicou à Lusa a investigadora Maria João Gregório. "O que nós sabemos é que as estratégias de promoção da saúde têm mais impacto nos indivíduos que têm um nível socio-económico mais elevado", frisou.

Agora divulgados pela Direcção-Geral da Saúde, que é parceira deste estudo, os resultados indicamainda que as crianças estão demasiado tempo expostas ao “ecrã (televisão, vídeos/DVD, consolas e computador)” e que a este nível não há grande diferenças entre as crianças dos sete país incluídos no projecto (além de Portugal, a Bulgária, a França, a Bélgica, a Grécia, a Holanda e a Roménia) nem em função dos seus estatutos sócio-económico.

Em média, as crianças incluídas no estudo passam uma parte considerável do seu tempo ao computador – cerca de 30 minutos por dia durante a semana – e cerca de uma hora por dia ao fim-de-semana. Uma exposição “excessiva” que “deve ser alvo de intervenção”, defendem os investigadores.

Em relação a Portugal, há um dado curioso: é o segundo país, a seguir à Roménia, onde se verificou uma maior percentagem de crianças pertencentes a famílias de nível socioeconómico mais baixo com televisão no quarto (74% e 76%, respectivamente).

Já o consumo de hortícolas é baixo (duas a quatro vezes por semana), mas também aqui há diferenças: quase 30% das famílias com nível educacional mais baixo referiram que as crianças comem salada menos do que uma vez por semana.

Financiado pela Comissão Europeia e apoiado pela Organização Mundial de Saúde, o projecto permitiu concluir que o estatuto sócio-económico dos encarregados de educação tem reflexos no comportamento alimentar e na actividade física, sendo, assim, “um importante factor de risco” para o excesso de peso e a obesidade infantil.

Em Portugal, o projecto decorre no âmbito da iniciativa "Maia Menu Saudável" e engloba 240 crianças e respectivas famílias. O estudo europeu inclui 1266 crianças e famílias.

Fonte: Público

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