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Maioria das intoxicações alimentares são por consumo fora de casa
2017-02-20

Mais de 400 pessoas sofreram intoxicações alimentares em Portugal em 2015, a maioria por consumo de alimentos fora de casa, segundo uma investigação dos departamentos de Alimentação e Nutrição e de Doenças Infeciosas do Instituto Ricardo Jorge.

De acordo com o estudo, o tratamento térmico inadequado, abusos tempo/temperatura e ocorrência de contaminações cruzadas continuam a ser os fatores que mais contribuem para a ocorrência de surtos de toxinfeções alimentares.

Esta é a principal conclusão do estudo do Instituto Ricardo Jorge que analisou dados de 20 surtos de toxinfeção alimentar ocorridos em Portugal em 2015, tendo sido afetadas 421 pessoas, das quais 96 foram hospitalizadas.

De 2010 a 2015 foram registados 62 surtos, que resultaram em 1.485 intoxicações e 171 hospitalizações.

Segundo a investigação laboratorial de surtos de toxinfeções alimentares, não foram reportados óbitos.

Em 2015, a força da evidência dos surtos foi forte em oito casos e fraca em 12, sendo que esta distinção está relacionada com a suspeita “forte” ou “fraca” dirigida a determinado veículo alimentar.

O agente causal e/ou suas toxinas foram identificados em 50 por cento dos surtos, nomeadamente toxina botulínica tipo B, C. perfringens, Salmonella Enteritidis, Listeria monocytogenes serogrupo IVb, E. coli verotoxigénica não-O157, Enterotoxina estafilocócica tipo A e Shigella sonnei.

O local onde os alimentos foram consumidos ou onde ocorreu uma ou mais etapas finais de preparação foi identificado em 90 por cento dos surtos: 75 por cento em locais públicos (instituições, residenciais, cantinas/bares de escolas, colégios, infantários, creches, restaurantes, hospitais, lares de idosos) e 25 por cento em casa, ou seja todos os doentes envolvidos pertenciam ao mesmo agregado familiar.

Em 2014, o agente etiológico causal foi identificado em 52% dos surtos reportados pelo INSA e em 71% do total de surtos reportados pela European Food Safety Authority (EFSA).

De acordo com o estudo, considera-se um surto de toxinfeção alimentar uma doença infeciosa ou tóxica que afeta dois ou mais indivíduos, causada, ou que se suspeita ter sido causada, pelo consumo de género(s) alimentício(s) ou água contaminados por microrganismos, suas toxinas ou metabolitos.

Embora as toxinfeções alimentares sejam causa de morbilidade e mortalidade em todo o mundo, podem ser prevenidas pela minimização dos fatores que estão na sua origem.

O Departamento de Alimentação e Nutrição, em parceria com outros Departamentos do Instituto Ricardo Jorge e em colaboração com a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, notifica anualmente à EFSA os dados dos surtos ocorridos em Portugal.

Deste modo, ao abrigo da Diretiva 2003/99/CE, a EFSA analisa os dados enviados pelos Estados-Membros e prepara um relatório anual, em colaboração com o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), de modo a gerar evidência científica que permita a otimização dos sistemas de segurança alimentar implementados, assim como os programas de educação para a saúde, minimizando o impacte humano, económico e social destas doenças na Europa.

Fonte: TVI24

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