Depois de três anos de investigação, a União Europeia contribui com dados sobre novas formas de reduzir em 40% a formação de acrilamida nos alimentos.
O problema continua a consistir no facto de, apesar de já existirem formas de reduzir a quantidade de acrilamida nos alimentos, não há forma de a eliminar.
Esta foi a principal conclusão a que chegou o projecto de investigação europeu Heatox, que iniciou há três anos uma rigorosa investigação sobre a formação desta substância em alimentos submetidos a altas temperaturas, um aspecto até aí totalmente novo.
Universidades e institutos de investigação de 14 países, assim como autoridades e organizações de consumidores, dedicaram-se desde Novembro de 2003, a tentar encaixar algumas peças sobre a formação de acrilamida em alimentos cozinhados ou fritos, substância a que foi atribuída propriedades cancerígenas.
No inicio da investigação pouco se sabia sobre o assunto.
Desde então tem sido feito um enorme esforço, tanto por parte da indústria como dos investigadores, para tentar avaliar o risco real da exposição do consumidor a esta substância, através do consumo de alimentos.
Agora, o estudo Heatox conclui que existem evidências científicas que demonstram que a acrilamida pode representar um risco grave para a saúde humana.
Se bem que, os níveis de acrilamina em alimentos como o pão e as batatas já se conseguiram reduzir em experiências laboratoriais, falta também demonstrar essa mesma redução face à exposição humana.
Este projecto revelou também que, a acrialmida não é a única substância genotóxica que se forma ao processar os alimentos.
Os investigadores criaram uma base de dados, com mais de 800 compostos formados pelo acção do calor nos alimentos, dos quais cerca de 50 demonstraram ser agentes potencialmente cancerígenos pela sua estrutura química, como os furanos.
Agora, as investigações futuras iram centrar-se nestes novos compostos.
Precisamente neste contexto, a comissão iniciou desde o começo de 2007, e até 2008, um seguimento de dados sobre a presença de furano em géneros alimentícios.
Fonte:Consumaseguridad