Desenvolver uma vacina contra as estirpes da bactéria E. coli, patogénicas para as aves, é o objectivo de um projecto de pesquisa que está a ser realizado no Instituto de Biodesign na Universidade do Estado do Arizona (Estados Unidos da América).
Os cientistas estão a analisar a sequência de DNA de um elemento genético crítico da E. coli, que contém vários genes responsáveis pelo desencadeamento dos efeitos maléficos.
Uma investigação prévia revelou que os plasmídeos (cadeias de DNA circular com 100.000 pares de bases) são responsáveis pela doença.
Sem os plasmídeos, a E. coli torna-se uma bactéria inofensiva.
Os investigadores analisaram a sequência do plasmídeo pAPEC-1.
Entre as partes deste plasmídeo, que causam a doença, existe uma série de genes responsáveis pelas proteínas que auxiliam na circulação de nutrientes para dentro e para fora das bactérias, chamados transportadores ABC, que podem ser utilizados para o desenvolvimento das vacinas.
Muitos outros transportadores ABC ajudam as bactérias a despistar toxinas que o organismo hospedeiro utiliza para combater a infecção.
Os cientistas descobriram, no decurso da investigação, que os plasmídeos têm capacidade para adquirir mais genes de virulência e transformar uma bactéria benigna numa bactéria patogénica através da sua capacidade de se auto-transferir da bactéria hospedeira para outra nova.
Além disso, depois de comparar a sequência de DNA com uma colecção de estirpes patogénicas de E. coli extra-intestinal de humanos, os investigadores descobriram que a E. coli aviária e a humana podem causar a mesma doença, que aumenta o risco de infecção humana a partir de aves.
Fonte: Consumaseguridad