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Desafio: reduzir as doenças animais
2009-02-02

De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), cerca de 60% dos patogénicos que infectam os humanos são transmitidos por animais.

Se, tal como aponta a principal autoridade em matéria de saúde animal, nos próximos anos aumentarem as doenças dos animais, as autoridades veterinárias de todo o mundo devem preparar-se para os novos riscos que possam surgir.

A língua azul, a febre aftosa e a gripe das aves continuam presentes nos boletins epidemiológicos das principais organizações de saúde animal.

Unir esforços na área de recursos veterinários, desde a exploração agrícola até ao consumidor, é neste momento, e será no futuro, essencial para enfrentar os potenciais riscos.

Doenças como a febre aftosa inibem o comércio internacional de produtos de origem animal.

Uma das prioridades continua a ser a eliminação da doença em todo o mundo.

Mas apesar dos esforços internacionais e nacionais para conseguir a eliminação da doença, mais de 100 países ainda não podem entrar para a lista onde a OIE coloca os países que estão “livre da doença”.

Conseguir entrar nesta lista não só é um processo lento, que depende fortemente da capacidade dos países para manter o reconhecimento de “livre da doença”, como também se trata de um percurso difícil que envolve a participação de muitos especialistas, principalmente veterinários.

Controlo global

O trabalho veterinário é fundamental para prevenir e controlar as doenças animais.

Não é novidade que as alterações climáticas, a globalização e outros factores como a concentração de animais se manifestaram como factores que influenciam o aparecimento de novos riscos para a saúde com origem nos animais.

A resposta ao aumento das ameaças passa pela prevenção e controlo das principais doenças dos animais.

O objectivo é conseguir “num único mundo, uma única sanidade”.

O tema, que surge dos maiores responsáveis pela saúde animal, requer o envolvimento dos sistemas veterinários de todos os países, da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e para a Alimentação (FAO) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Uma das mais fortes apostas feitas pelas autoridades de saúde animal é garantir a segurança alimentar e a educação veterinária que, asseguram, tem de se adaptar às novas mudanças no domínio da segurança alimentar e bem-estar animal, tais como as temperaturas elevadas, que promovem o movimento dos insectos que transmitem doenças aos animais.

Em finais de 2007, a FAO alertou para o aumento do risco de doenças no relatório "Produção animal industrial e riscos sanitários mundiais", que acrescenta aos riscos já mencionados, o crescimento da criação de gado e as mudanças na indústria pecuária.

Gripe aviária e aquecimento global

Além de alterar a distribuição dos ecossistemas, as mudanças de temperatura que estão a ocorrer são responsáveis, de acordo com um relatório realizado por especialistas da Wildlife Conservation Society, pelo aparecimento de "12 doenças mortais ", de entre as quais se destaca a gripe aviária, uma doença com grande capacidade para “atravessar fronteiras”.

Em meados de 2008 a OMS reconhecia que uma das maiores ameaças poderia ser uma pandemia de gripe aviária.

Alemanha, Bangladesh, Índia, Nepal e Vietname estão entre os países que confirmaram nas últimas semanas focos de gripe das aves.

Os subtipos do vírus, que têm causado mais danos são o H5 e o H7 do vírus A.

Têm a capacidade de viver no ambiente por longos períodos de tempo, especialmente a baixas temperaturas, e são eliminados a altas temperaturas (T> 70 ºC).

A doença afecta principalmente aves, no entanto, revelou-se transmissível das aves para as pessoas após contacto directo e continuado.

Um dos principais temores das autoridades sanitárias de todo o mundo é que o vírus sofra mutações e que se torne facilmente transmissível entre pessoas, o que poderia levar a uma pandemia.

Novas formas de patologia

As ameaças crescem, principalmente com o aumento da circulação de animais para consumo humano.

Esta circulação faz com que espécies exóticas se encontrem fora do seu habitat natural.

Cobras, crocodilos e outros animais ocupam cada vez mais o lugar de animais domésticos, obrigando a reforçar as medidas sanitárias.

Segundo os dados da OIE, “60% dos patogénicos causadores de infecções em humanos são transmitidos por animais”, em grande parte induzidos pelas mudanças na expansão das infecções em todo o mundo.

Estas mudanças exigem um aumento do controlo, de forma a detectar surtos de doenças causadas por animais exóticos.

Quando estes tipos de animais ficam doentes, consideram-se transmissores de novas doenças.

Fonte: Consumaseguridad

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