Segundo os pastores produtores de queijo, em Penalva do Castelo começa hoje um ciclo de feiras dedicadas ao queijo da serra, cuja produção artesanal está ameaçada pela certificação.
Em 2008 foram apenas certificados 125 mil queijos da serra da Estrela, numa região que habitualmente produz 350 toneladas, sobretudo porque os produtores não querem certificar o produto com a Denominação de Origem Protegida (DOP).
Os produtores da Serra da Estrela afirmam que os custos elevados na certificação e sobrecarga de taxas e impostos levam ao abandono da actividade.
Um queijo leva em média 45 dias a ficar pronto para consumir, num processo que começa na ordenha e termina na prateleira do supermercado, e se for curado necessita de quatro meses, mas, antes é preciso criar borregos, o que soma quase seis meses para a produção de queijo, cujos ganhos, na maioria das vezes, não compensam as despesas.
Do sector de produção de queijo da Serra da Estrela dependem, directa e indirectamente, dez mil pessoas, que nas feiras que hoje começam, deverão transaccionar cerca de 30 toneladas por certame, contra as 50 toneladas vendidas há cinco anos.
Fonte: Confagri