A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) concluiu que o inositol hexanicotinato é uma fonte segura de niacina em suplementos alimentares, mas adverte que os limites máximos estabelecidos não devem ser ultrapassados.
A niacina ou vitamina B3 é utilizada em muitos suplementos, uma vez que ajuda o organismo a converter os hidratos de carbono em açúcares simples.
Também é utilizada em medicamentos para o colesterol e diabetes.
Na sequência de um pedido da Comissão Europeia, o Painel Científico dos Aditivos Alimentares e Fontes de Nutrientes Adicionados aos Alimentos da EFSA avaliou a segurança e a biodisponibilidade do inositol hexanicotinato como uma fonte de niacina em suplementos alimentares.
Biodisponibilidade
O Painel confirmou que o inositol hexanicotinato é absorvido intacto e hidrolisado no organismo, liberando ácido nicotínico livre e inositol.
A absorção gastrointestinal de inositol hexanicotinato varia muito, sendo que de cada dose ingerida o organismo absorve uma média de 70%.
Esta substância é metabolizada lentamente e atinge o pico máximo de ácido nicotínico cerca de 6-10 horas após a ingestão.
Com base nos estudos relatados, a EFSA, concluiu que o nicotinato de inositol hexanicotinato é biodisponível e uma fonte de niacina.
Segurança
Embora não existam dados disponíveis sobre a toxicidade do inositol hexanicotinato, a EFSA garante que não se levantam quaisquer preocupações relativamente a este composto.
A avaliação da segurança do ácido nicotínico inclui uma apreciação do Comité Científico da Alimentação Humana, realizada em 2002, que estabeleceu um nível de ingestão tolerável de 10 mg/dia.
Além disso, o Painel de Peritos sobre Vitaminas e Minerais determinou que uma dose de 17 mg de ácido nicotínico/dia não apresenta quaisquer efeitos adversos significativos.
Como resultado, o Painel concluiu que o inositol hexanicotinato é uma fonte segura de niacina em suplementos, desde que sejam cumpridos os limites máximos definidos para a utilização segura de ácido nicotínico (10 mg / dia).
No entanto, o Painel refere que estava preocupado com os limites máximos de inositol hexanicotinato propostos pelos requerentes (40 e 495 mg/dia), o que representa níveis de ácido nicotínico 4 a 45 vezes superiores ao nível de ingestão tolerável.
Fonte: FoodNavigator