Os efeitos benéficos para a saúde do consumo de ácidos gordos ómega-3 são conhecidos e aceites pela comunidade científica, mas relativamente aos ómega-6 mantêm-se a controvérsia.
Os ácidos gordos ómega-6, tal como os ómega-3 são gorduras polinsaturadas, ou seja, que contêm duas ou mais ligações duplas na sua estrutura química, mas diferem na posição da primeira ligação dupla no átomo de carbono terminal no grupo carboxilo número 6 ou 3, respectivamente.
Os ácidos gordos polinsaturados ómega-3 e ómega-6 mais comuns nos alimentos e, portanto, com mais impacto na nutrição humana são:
Ómega-3: alfa-linolénico, eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA).
Ómega-6: linoleico e araquidónico, entre outros.
Os ácidos gordos ómega-6 eram considerados promotores de doenças cardiovasculares, pois são precursores de determinadas substâncias relacionadas com a inflamação.
No entanto, um artigo recentemente publicado pela American Heart Association considera que o ómega-6 não é responsável por esses efeitos negativos.
Além disso, refere que o consumo de uma determinada percentagem diário de energia a partir de ácidos gordos ómega-6 (5-10%) reduz o risco de doenças cardiovasculares.
O trabalho vai mais longe e diz que a redução da ingestão de ómega-6 pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, e não, como se acreditava anteriormente, diminui-lo.
Em suma, a American Heart Association recomenda uma ingestão de pelo menos 12 a 22 gramas por dia de ómega-6, dependendo da idade, sexo e nível de actividade física.
A referida associação garante também que para manter um estilo de vida saudável e adoptar hábitos alimentares saudáveis para além de aumentar o consumo de ómega-6 deve diminuir-se o consumo de gorduras saturadas e trans.
Não é difícil obter os valores recomendados de ômega-6 através dos alimentos, para isso basta apenas consumir nozes, amêndoas, amendoins, queijo curado, margarina, entre outros alimentos.
Fonte: ConsumaSeguridad