25 de Junho de 2025
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Estudo de referência confirma o risco de cancro do glifosato
2025-06-16

Investigadores independentes do Instituto Ramazzini e de outras instituições académicas publicaram resultados sobre a exposição a longo prazo ao glifosato e a formulações à base de glifosato que confirmam a carcinogenicidade em roedores.

As conclusões fazem parte da vertente de carcinogenicidade do Estudo Global sobre o Glifosato, a investigação mais exaustiva alguma vez efectuada sobre os múltiplos efeitos do herbicida mais utilizado no mundo e das formulações relacionadas. O estudo é excecional na sua conceção e cobertura temporal.

Por conseguinte, estes resultados trazem um valor acrescentado significativo para as investigações científicas sobre os riscos relacionados com a exposição ao glifosato e reforçam o apelo há muito lançado por investigadores independentes e organizações da sociedade civil no sentido de proibir o glifosato de uma vez por todas.

Principais caraterísticas e resultados do estudo:

O estudo investigou os efeitos do glifosato isolado e de duas formulações à base de glifosato, o Roundup BioFlow (MON 52276, utilizado na União Europeia) e o Ranger Pro (EPA 524-517, utilizado nos Estados Unidos) em ratos (Sprague Dawley).

A investigação da exposição dos roedores estendeu-se a longo prazo, com início na fase pré-natal e durante 2 anos, com doses de 0,5, 5 e 50 mg/kg de peso corporal/dia.

Foi observado um aumento da incidência de tumores benignos e malignos relacionados com a dose, que são normalmente raros nesses roedores, nos três grupos de tratamento, em comparação com os controlos. Os tumores afectaram ambos os sexos, começaram frequentemente no início da vida e foram observados em vários locais: por exemplo, leucemia ou tumores no fígado, no ovário, na tiroide ou no sistema nervoso, entre outros.

É importante notar que também se registou um aumento das mortes precoces: 40% das mortes por leucemia no grupo de roedores expostos ao glifosato só ocorreram com menos de um ano de idade (menos de 35-40 anos atrás nos seres humanos).

Os resultados deste estudo excecional dão um novo impulso à proibição do glifosato o mais rapidamente possível. A exposição a longo prazo, mesmo a baixas doses do herbicida, provoca tumores malignos. Os decisores políticos não podem continuar a fingir que nos faltam provas para tomar medidas de proteção da população. - diz Natacha Cingotti Estratega Sénior de Campanhas

Já foram divulgadas as conclusões preliminares do Estudo Global sobre o Glifosato relativamente à toxicidade no microbioma, bem como à toxicidade endócrina e reprodutiva em doses consideradas seguras pelas agências reguladoras, e esperam-se mais resultados relativamente à neurotoxicidade.


Leia o artigo completo aqui

Fonte: Food Watch

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