05 de Agosto de 2025
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Plástico no corpo - Microplásticos na cadeia alimentar
2025-08-04

Os micro e nanoplásticos estão a invadir o nosso organismo e não faltam no mundo investigações sobre como estes resíduos representam um perigo para a saúde. Na próxima terça-feira, dia 5 de Agosto, serão retomadas as negociações para um tratado global contra a poluição de plástico.

O termo “microplástico”  foi criado em 2004 pelo investigador britânico Richard Thompson.  Hoje, sabemos que essas partículas, às quais não se prestou a devida atenção, estão presentes na cadeia alimentar e que os  fragmentos mais  pequenos são os mais perigosos para a saúde.

É um facto incontestável: a contaminação plástica implica uma ameaça grave para a saúde humana. Os microplásticos (partículas com menos de cinco milímetros de tamanho) e os nanoplásticos (com tamanho inferior a um micrómetro), contaminam todos os ecossistemas do planeta, dos oceanos ao ar que respiramos.

Já penetraram na cadeia alimentar e encontram-se nos corpos de uma multiplicidade de espécies, incluindo a nossa, como seria de esperar. Quais são então as consequências para a saúde humana desta contaminação maciça e generalizada? A comunidade científica está a trabalhar a todo o vapor para encontrar respostas, mas o tema é complexo: os microplásticos têm uma grande variedade de formas e tamanhos e são feitos de diferentes polímeros. Também contêm milhares de aditivos e produtos químicos, muitos dos quais nem sequer sabemos quais são. E os fragmentos mais pequenos, os nanoplásticos, são muito difíceis de detectar.

Embora falte percorrer ainda um longo caminho, já há conclusões relevantes. Segundo um estudo da Universidade de Leeds publicado recentemente na revista Nature, todos os anos libertamos cerca de 52 milhões de toneladas de produtos de plástico no ambiente. Com o tempo, estes resíduos decompõem-se em milhões de milhões de partículas cada vez mais pequenas e, por inalação, ingestão ou contacto dermatológico, entram no nosso organismo. Algumas delas, as mais pequenas, têm a capacidade de ultrapassar as diferentes barreiras defensivas, de chegar à corrente sanguínea e podem disseminar-se pelos intestinos, fígado, rins, bexiga, pulmões, coração e placenta.

Leia aqui o artigo completo publicado na Nature.

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