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Estudo alerta para risco de ingestão de peixe com mercúrio
2007-03-09

A ingestão de peixe contaminado com mercúrio é a principal via de exposição ao metal tóxico e uma ameaça para a saúde em todo o mundo, segundo um relatório publicado na revista científica sueca Ambio.

O estudo, elaborado a partir de cinco artigos de especialistas e divulgado pela imprensa britânica, indica que, actualmente, o grau de contaminação com mercúrio industrial é três vezes maior que antes da Revolução Industrial.

A poluição de oceanos, lagos, rios e mares deixou alguns peixes com altos níveis tóxicos de mercúrio, cuja ingestão é especialmente prejudicial para grávidas, recém-nascidos e crianças.

Os danos causados, inclusivamente pelos baixos níveis de mercúrio, no desenvolvimento do cérebro são conhecidos há décadas, mas os cientistas do estudo sublinham que ainda não foi feito o suficiente para reduzir a exposição ao mínimo.

O relatório, aprovado por mais de mil cientistas na Conferência Internacional sobre a Contaminação do Mercúrio, realizada no segundo semestre do ano passado, em Madison (EUA), destaca que os efeitos tóxicos do mercúrio também aumentam o risco de ataques cardíacos, especialmente entre os homens adultos.

Apesar da redução das emissões de mercúrio registadas nos países desenvolvidos nos últimos 30 anos, os níveis continuaram elevados por causa das emissões dos países em desenvolvimento.

Segundo o professor da Universidade de Wisconsin James Wienes, as implicações políticas da descoberta «são claras».

Nos Estados Unidos, a fim de reduzir a exposição ao mercúrio, o governo lançou uma campanha para alertar as mulheres grávidas para o consumo limitado de peixes, especialmente de peixe branco e mariscos, que devem ser ingeridos em quantidades inferiores a 340 gramas por semana.

Uma medida semelhante é promovida pela agência sanitária britânica, a Food Standards Agency, que aconselha as grávidas a evitar o consumo de tubarão e peixe-espada, e limitar o de atum, já que estes são os peixes com os níveis de mercúrio mais elevados.

No entanto, investigadores britânicos da Universidade de Bristol descobriram que o peixe também contém ácidos ómega 3 e outros nutrientes essenciais para o desenvolvimento do cérebro, apesar da ameaça que representa para a saúde a contaminação com mercúrio.



Fonte: Diário Digital

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