A experiência levada a cabo pelos supermercados britânicos Tesco’s, de colocar nos alimentos etiquetas indicadoras da quantidade de gordura saturada, sal e outros ingredientes prejudicais à saúde já teve impacto no comportamento alimentar dos consumidores, com benefícios nutricionais para estes.
De acordo com Lucy Neville-Roses, directora executiva da cadeia de supermercados, os próprios consumidores querem ajuda para que possam ter um comportamento alimentar mais sustentável, afirmando ainda que o impacto do esquema de etiquetar os produtos foi «estupendo».
Exemplo disso foi o facto das vendas das sanduíches da Tesco’s terem caído em um terço comparativamente às sanduíches saudáveis que aumentaram 85%.
Mas registaram-se, também, alguns aspectos negativos, como o facto de se poder estar a privar os consumidores de produtos ricos em cálcio e também haver perdedores nesta iniciativa.
Como transportar os produtos via aérea sem perderem a qualidade e as exigências locais que obrigam os agricultores a aumentarem a época de cultivo são alguns dos desafios. É que, por exemplo, a produção de frutas e hortícolas através de estufas de modo a não perderem a eficácia nutricional exige o consumo de mais energia. Estes são, portanto, factores a contornar para que este esquema funcione em pleno e atinja os objectivos iniciais.
Fonte: Reuters e Confagri