Cinco armazéns do porto de Olhão foram encerrados na madrugada de ontem pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) por falta de condições higieno-sanitárias e operacionais. Sete processos de contra-ordenação e 684 quilos de pescado apreendido completam o balanço da operação.
Os espaços encerrados estão alugados pela Docapesca a armazenistas (responsáveis pela chamada segunda venda) e em todos foi detectada a ausência de HACCP (sistema de análise de perigos e controlo de pontos críticos).
Esta operação na lota de Olhão e nos espaços envolventes levada a cabo por inspectores da ASAE, visou a observação da legalidade das práticas comerciais, tendo sido verificada a documentação de licenciamento, planos de higiene, manutenção e controlo de temperaturas, saúde, controlo de pragas e segurança do trabalho.
Foram ainda verificadas as condições de conservação e armazenamento nas unidades de frio, a existência, ou não, de instrumentos de medição e registo de temperatura do pescado ultracongelado, a qualidade da água utilizada e a rotulagem dos produtos a comercializar, numa operação acompanhada de perto pela PSP e outras entidades.Do pescado apreendido,53 quilos foram destruídos e os restantes 631 quilos, depois de analisados por um veterinário,seguiram para uma instituição de solidariedade social por se encontrarem em condições de consumo.
António da Branca, da associação de produtores OlhãoPescas responsabiliza a entidade que aluga, a Docapesca,e critica os elevados preços (cerca de mil euros mensais, nalguns casos) do aluguer, para afinal,não estarem reunidas as condições de higiene.
Ainda,denuncia a falta de limpeza e os problemas existentes em toda a zona do porto de Olhão, questões da responsabilidade do IPTM (Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos).
FONTE: Correio da Manhã