A União Europeia mostra-se preocupada com a possível entrada no mercado europeu de um contaminante proibido na alimentação. Tal preocupação resulta do registo, nos EUA, de um caso de contaminação com melamina em comida enlatada para animais domésticos bem como em rações de alguns animais.
A melamina, combinada com formaldeído, é utilizada para produzir uma resina melamínica, componente de diversos plásticos de revestimento e usada em revestimentos de madeira.
A investigação está a ser realizada com vista a avaliar a possível contaminação de ingredientes alimentares provenientes da China.
De acordo com as notícias, centenas de cães e gatos já morreram ou apresentam sinais de doença em resultado do consumo dessas comidas.
No entanto, o maior receio reside no facto de se ter descoberto que tal contaminação possa ter entrado na cadeia alimentar humana. De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA, suínos e galinhas, no Estado de Indiana, foram recentemente alimentados com rações contendo glúten contaminado com a referida substância.
Neste momento está suspensa a permissão da importação para os EUA de glúten de trigo proveniente da China, de modo a controlar o aparente problema. Com este propósito, foram ainda mandados abater pelo menos seis mil animais, após se ter detectado a presença da melamina em rações de suínos.
Contudo, a situação adquire maior preocupação, quando se descobre que tal prática pode ter dimensões incontroláveis na China. De acordo com o jornal "The New York Times", os fabricantes chineses têm adicionado secretamente melamina como suplemento às rações. Esta prática ilegal, prende-se com o facto de tal contaminante reagir aos testes nutricionais como se de uma proteína pura se tratasse.
Dados mais recentes, revelados pelo Departamento de Agricultura dos EUA, consideram que não há evidências de qualquer risco, para quem consuma carne de frangos e de suínos alimentados com estas rações contaminadas. Isto porque a quantidade de contaminante detectada ter sido relativamente pequena, pois este acaba diluído na elaboração da ração final.
Os locais onde foi detectada a presença do já referido contaminante, e que se encontravam sob quarentena, estão agora livres e começam a enviar os animais para abate, de modo a entrarem normalmente na cadeia alimentar.
Fonte: New York Times; www.FoodNavigator.com; AviSite