Reduzir os riscos de contaminação, em alimentos ecológicos, ao longo de toda a cadeia de produção é um dos objectivos de Quality Low Input Food (QLIF), um projecto europeu, que envolve um total de 15 países europeus, sobre a coordenação da Universidade de Newcastle.
Esta investigação está a permitir avaliar como a diferença de sistemas de produção afectam o valor nutricional, sabor e a qualidade dos alimentos, centrando-se estas investigações em cultivos protegidos de tomate, verduras (cebola, batatas, alface, cenoura, entre outros), maças, trigo, porcos e outros produtos lácteos e avícolas.
A singularidade dos métodos de produção ecológica requer que se estabeleçam medidas concretas que venham, por exemplo, reduzir os riscos relacionados com a redução do desenvolvimento dos patogénicos, das toxinas e dos fungos, tudo isto de forma a não alterar o valor nutricional, o sabor e a qualidade.
No fundo trata-se, de oferecer aos agrónomos as ferramentas necessárias que lhes permitam melhorar a fertilidade do seu solo, o controlo das doenças, das ervas daninhas e das pragas.
A avaliação dos especialistas, a estes métodos de cultivo e aos regimes alimentares, é de que estes podem melhorar a qualidade nutricional do leite ecológico e minimizar os parasitas e as infecções bacteriológicas nas produções de porcos e produtos lácteos.
Uma das primeiras investigações, que se incluem no projecto, é desenvolver uma alternativa ecológica para a lavagem de verduras frescas.
Neste sentido os cientistas apostam no uso de água ozonizada em vez de água clorada, já que o cloro, está proibido na produção ecológica.
Fundamentam esta aposta no facto de, o ozono durante o processo de lavagem se decompor em oxigénio, e não deixar nenhum resíduo, com a vantagem de que, tal como o cloro, reduz a carga microbiana existente nos produtos vegetais.
Um dos pontos que fica ainda por determinar, é a quantidade de ozono que deve ser utilizada durante o processo, já que estes advertem para o uso de quantidades muito pequenas.
Até agora, a investigação centrou-se na alface, visto tratar-se de um vegetal com uma estrutura celular muito sensível, que no entanto, sobreviveu ao tratamento com ozono.
A FAO acredita que o auge da agricultura ecológica, praticada em 120 países, irá servir para atenuar alguns desajustes na segurança alimentar, já que lhe atribuem potencial para cobrir o fornecimento mundial de alimentos, algo que já é feito pela agricultura convencional, mas com muito menos impacto no meio ambiente.
Estudos recentes, indicam que a agricultura ecológica é capaz de produzir alimentos suficientes para toda a população.
Fonte: Consumaseguridad