Segundo cientistas espanhóis, uma nova técnica pode resultar num melhoramento do perfil nutricional e de segurança para as futuras gerações de organismos geneticamente modificados (OGMs).

A invenção, publicada no American Chemical Society's journal Analytical Chemistry, analisa as potenciais alterações na composição de aminoácidos das culturas transgénicas.

A nova técnica deverá ser bem recebida, quer pela indústria quer pelos consumidores, desde que esta seja uma forma, quer de melhoramento nutricional quer de segurança das já referidas culturas, e que esta possa mostrar, como os organismos transgénicos podem ser tão semelhantes ou tão distintos dos seus convencionais homólogos.

Focando a sua atenção na estrutura química dos aminoácidos, a técnica desenvolve formas de detectar a presença de formas “L” ou “D” de aminoácidos, que de acordo com estes cientistas poderá afectar a qualidade nutricional e digestiva destes produtos.

O sistema L/D é uma forma de explicar a configuração espacial dos aminoácidos, sendo que cada forma confere diferentes propriedades aos aminoácidos, como é exemplo o D-aminoácido, que aparece associado ao envelhecimento e às doenças humanas.

Estes cientistas demonstraram, que com a análise ao centro quiral, dos aminoácidos, existentes nos alimentos transgénicos, para além do interesse nutricional e das implicações na segurança, esta pode ser usada como um indicador adicional para avaliar a existência (ou não) de modificações inesperadas, em outros metabolismos ligados ao perfil de aminoácidos existentes dentro de um OGM.

Esta pesquisa combina a cromatografia electrocinética micelar (MEKC), com um selector quiral e indução a lazer fluorescente (LIF), para investigar a prevalência de estruturas L- ou D- de aminoácidos nas várias culturas transgénicas e convencionais.

Esta técnica é capaz de separar um aminoácido em menos de 25 min., e determina se a cultura convencional apresenta diferentes perfis para as estruturas L- e D- de aminoácidos, reflectindo assim a variabilidade esperada naturalmente.

Estabelecendo comparação com a versão transgénica, não foi verificada uma diferença significativa dos perfis de aminoácidos.

Estes resultados parecem indicar que, os procedimentos usados nos transgénicos não modificam nenhum metabolismo, que possa estar ligado aos aminoácidos detectados, o que parece reforçar a ideia sobre a equivalente segurança destes produtos.

Fonte: Foodnavigator

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