Diz-se que os antioxidantes evitam o envelhecimento, combatem doenças, e abrem guerra contra os radicais livres danosos, que se apoderam dos nossos corpos diariamente.
Mas será que estes antioxidantes – compostos poderosos, que se encontram nas frutas e verduras coloridas, tais como amoras e couve-roxa – funcionam assim tão bem dentro do corpo humano?
Esta foi a pergunta feita por um grupo de investigadores, tendo as suas descobertas sido já publicadas no número actual da revista 'Journal of the American College of Nutrition'.
A investigação destes cientistas incidiu sobre, como o consumo de diferentes frutas afectou os níveis de antioxidantes em alguns voluntários.
Estes mediram a capacidade antioxidante (AOC) no sangue de voluntários, que acabaram de comer cerejas, ameixas secas, uvas, kiwis, morangos, entre outros.
Estes estudos confirmaram, o que muitos peritos em antioxidantes sempre suspeitaram: os compostos alimentares que combatem os radicais livres são muito complexos, sendo alguns, aparentemente, de mais fácil absorção e utilização do que outros.
Os investigadores descobriram, por exemplo, que apesar da sua elevada concentração em antioxidantes, as ameixas não aumentaram os níveis de AOC no sangue dos voluntários.
Segundo estes, um dos fitoquímicos principais na ameixa é o ácido clorogénico, um composto que não é facilmente absorvido pelo corpo humano.
Com o mirtilo silvestre, os voluntários tiveram que consumir uma quantidade superior à normal, para aumentar os níveis de AOC no sangue, pois não foi detectado nenhum aumento significativo, até os voluntários comerem, pelo menos, meia taça de bagas do referido fruto.
Por sua vez, o consumo de uvas e kiwis, causou aumentos evidentes de AOC no sangue, no entanto não é claro qual dos compostos é responsável pelo aumento deste nível.
Alternativamente, quando os voluntários consumiram um batido contendo proteínas, hidratos de carbono e gordura, com nenhum antioxidante, os níveis de antioxidantes no sangue diminuíram.
Ainda que haja a necessidade de se proceder a investigações adicionais, para determinar, se os níveis de AOC no sangue representam um risco mais baixo de doença degenerativa, o estudo actual é um passo importante, para se estabelecerem recomendações ao consumo de antioxidantes na dieta.
Fonte: Agricultural Research Service