No passado, rastrear a bactéria Xylella fastidiosa - uma das ameaças mais sérias para o sector do vinho da Califórnia - era tão difícil como a identificação dos componentes individuais, do aroma fino, de um complexo vinho de Bordeaux.
Agora, os cientistas do Serviço de Investigação Agrícola (ARS) em Beltsville, Maryland, desenvolveram um método, para confirmar rapidamente se um insecto ou uma planta contêm a bactéria destrutiva que causa a doença.
X. fastidiosa, é muito conhecida por causar a doença de Pierce nas uvas, tendo durante a década de noventa devastado grande parte das vinhas da Califórnia.
No entanto, esta perigosa bactéria, transmitida por vários insectos que habitam as vinhas, também ataca as amendoeiras, pessegueiros e ameixoeiras, árvores de grande importância económica.
Uma patologista de plantas , desenvolveu um novo método capaz de descobrir, de forma rápida, se um insecto é portador de X. fastidiosa.
Esta cientista conseguiu simplificar um método complicado, de extrair e analisar o DNA da bactéria retirado do interior do insecto, em dois passos simples, os quais podem ser realizados em menos de um dia.
Esta descoberta poderá vir a ajudar no aumento de conhecimentos, sobre a transmissão de diferentes isolamentos da bactéria Xylella, que até agora, são práticamente inexistentes.
Esta metodologia depende de: equipamento de extracção de DNA que é comercialmente disponível, e um protocolo de amplificação de DNA que usa “primers” específicos da bactéria, que serviram para comprovar a sua presença.
O já referido método é mais poderoso que o actual método para detectar Xylella, o já conhecido método imunológicoo , ELISA, isto porque o método de ELISA não consegue detectar baixos níveis de bactéria, por isso, muitos insectos que potencialmente transmitem Xylella não são detectados.
Fonte: ARS