No Reino Unido, as autoridades sanitárias dão resposta às ultimas recomendações europeias em matéria de redução de micotoxinas, compostos tóxicos produzidos por fungos em alimentos.

Reduzir os níveis em cereais é um dos objectivos de dois guias de Boas Práticas, que a Agência Britânica de Segurança Alimentar (FSA) acabou de publicar.

Com estes dois guias, os agricultores britânicos poderão contar com uma ferramenta, que lhes dará as indicações necessárias sobre como modificar os hábitos de cultivo e armazenamento de cereais.

Desta forma conseguirão reduzir, por um lado, os níveis de micotoxinas, como Fusarium, no campo e, por outro, minimizar a formação de ocratoxina A durante o armazenamento.

É cada vez mais importante que se controle a formação de micotoxinas nos cereais, porque a sua presença no alimento pode causar danos para a saúde humana.

O objectivo das novas publicações, além de se adequarem aos limites fixados, em 2006, pela UE, é também reduzir os riscos para os consumidores, e produzir cereais de melhor qualidade.

Os guias aconselham, por exemplo, a evitar as rotações intensas das culturas de milho, trigo, cevada e aveia, principais anfitriões de fungos como Fusarium.

Um dos pontos chave, no controle das micotoxinas é estabelecer condições óptimas de armazenamento, como sejam a boa ventilação, temperatura e humidade, entre outros.

Âmbitos estes, que as tornam especialmente vulneráveis, por se tratarem de produtos que são acumulados em grandes quantidades.

Isto não extingue a hipótese de serem encontradas também em outro género de alimentos, como frutas e verduras.

No entanto, iniciativas como esta, dão conta também das conclusões de numerosos estudos, segundo os quais muitas das micotoxinas têm uma grande estabilidade, tanta a temperaturas elevadas como a certos processos industriais.

Daí a importância, já referida anteriormente, do controle destas micotoxinas nas primeiras fases de produção.

Fonte: Consumaseguridad