A produção de carne de porco, aves e outros animais pecuários, poderá estar a ser infectada com um resistente “superbug” de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), segundo um estudo do Reino Unido.
A proliferação do MRSA, na cadeia alimentar, poderá vir a despoletar outra reacção, por parte dos consumidores, contra os produtores de carne, que já sofrem as consequências de uma má interpretação da gripe das aves e BSE.
Na Holanda, a espécie MRSA foi detectada em 20% da carne de porco, 21% da carne de ave e 3% do bife à venda ao público.
Este novo género de MRSA está a aumentar rapidamente em toda a Europa, e têm-se conhecimento da sua rápida transmissão de animais para o homem, com sérios riscos para a saúde.
Estes investigadores avisam que, o MRSA descoberto em quintas de animais já foi transmitido para os produtores, operários e suas famílias na Holanda, tendo causado sérios danos na saúde dos mesmos.
Cientistas e oficiais do governo atribuem as culpas para o aparecimento desta forma resistente de MRSA, ao uso intensivo de antibióticos nas quintas de produção de carne.
No Reino Unido, ainda não foi detectada a presença desta espécie, em nenhuma quinta de produção de carne, no entanto nem o governo nem a FSA estão a descurar deste controle.
Já foi proposto ao governo o inicio de um programa teste para MRSA aos produtores de carne, tal como a diminuição de antibióticos de uso veterinário.
O Governo deverá proibir, imediatamente, a profilaxia e o uso indevido de todos os antibióticos nas quintas, que são definidos como críticos e importantes na medicina humana.
Para além disto, todos os operários e veterinário vindos de outros países, onde o MRSA foi detectado, ao entrar no Reino Unido, deverão fazer uma despistagem do patogénico.
MRSA tem já um forte perfil, e é um problema de persistência em muitos hospitais do Reino Unido.
Por tudo isto, estes investigadores consideram que, não à tempo para complacência, mas sim uma oportunidade crítica de prevenção do MRSA, reduzindo assim os riscos para a saúde humana, custos e evitando-se outra devastadora crise de segurança alimentar.
Fonte: Consumaseguridad