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Pesquisas desenvolvem fagos como arma contra biofilmes
2007-07-17

Bacteriófagos podem ser trabalhados com o objectivo de atacar e destruir biofilmes – patogénicos difíceis de remover em maquinaria e outras superfícies de locais de produção.

Estas colónias de formas patogénicas, tal e qual uma camada de pele, resistentes às lavagens convencionais e comerciais e a métodos de higienização, são um grave problema nos locais de produção.

Investigações feitas pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) and Boston University, estão a desenvolver um engenho vírico capaz de destruir a camada de biofilme, que esconde bactérias prejudiciais no corpo, na indústria e utensílios médicos.

Estes cientistas já demonstraram, com sucesso, um género de vírus, e acreditam que muitos mais poderão ser readaptados para atingir diferentes espécies ou estirpes de bactérias.

Os biofilmes bacterianos podem formar-se praticamente em todos os locais, mesmo nos nossos dentes se não os lavarmos por um dia ou dois.

Quando estes se acumulam, de forma persistente, em locais como no interior de máquinas de processamento alimentar ou cateteres médicos, transformam-se em potenciais fontes de contaminação.

Esta investigação pretende eliminar estes biofilmes usando bacteriófagos, pequeninos vírus capazes de atacar patogénicos.

Para um fago ter eficácia contra o biofilme, ele terá que atacar a estirpe da bactéria do filme e degradar o próprio filme em simultâneo.

Recentemente, um grupo diferente de pesquisas descobriu alguns fagos, em águas residuais, que apresentam os critérios necessários para este fim.

Isto porque, entre outras coisas, eles possuem enzimas capazes de degradar a matriz extracelular do biofilme.

Estes cientistas definiram um sistema modular que permite aos engenheiros “desenhar” fagos para atacar biofilmes específicos.

Como prova deste conceito, eles utilizaram na sua estratégia para desenvolver o engenho T7, um fago específico de Escherichia coli, que expressa dispersin B, uma enzima conhecida por dispersar uma variedade de biofilmes.

Para testar o T7, a equipa cultivou biofilmes de E. coli em pinças plásticas, chegando à conclusão que o engenho eliminou 99.997 por cento das células do biofilme.

Estes cientistas sugerem a criação de uma literatura que poderá conter diferentes fagos, que têm como alvo diferentes espécies ou estirpes de bactérias, construídos com base na sua capacidade de expressar diferentes enzimas.

A sua viabilidade juntamente com as novas tecnologias, rápidas e baratas, de sintetização de genes, é uma realidade para estes cientistas.

Como o uso de fagos não está aprovado em humanos nos Estados Unidos, a FDA aprovou recentemente um "cocktail" de fago para eliminar Listeria monocytogenes em merendas.



Fonte: FoodQuality

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