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Alimentos pronto-a-comer em S. Miguel com pouca qualidade
2007-07-30

Alimentos prontos-a-comer de dez estabelecimentos de restauração e similares de São Miguel foram analisados e o resultado foi que seis dos dez apresentaram condições "não satisfatórios".

O estudo foi encomendado pela Associação dos Consumidores da Região Açores (ACRA) e, a colheita, conservação e o transporte das amostras para o laboratório foram efectuadas pelo GDEH, em colaboração com a Associação de Defesa dos Consumidores.

Das análises microbiológicas resultou que os estabelecimentos 1 e 2 foram os que apresentaram os resultados "mais preocupantes uma vez que apresentaram resultados não satisfatórios para todos os parâmetros excepto em termos da contagem de estafilococos Coagulase Positiva".

Foram analisados uma sanduíche de atum com salada e croissant com ovo e salada.

A ACRA recomenda que estes estabelecimentos em causa "deverão, portanto, ser observados com mais rigor por parte das autoridades da inspecção-geral das actividades económicas, no sentido da prevenção de riscos para a Saúde Pública".

Em relação aos estabelecimentos 3, 4, 5 e 7, estes apresentaram também resultados não satisfatórios em relação à contagem de colónias a 30ºC, à contagem de bactérias coliformes a 30ºC e, de teor micológico a 25ºC. Nestes casos foram analisados um croquete, ovo recheado, sanduíche de atum com salada e uma sanduíche mista com alface. A ACRA aconselha que "é essencial portanto que estes estabelecimentos realizem um esforço adicional para a melhoria das condições de higio-sanitárias".

As análises dão parecer positivo apenas para os estabelecimentos 8 e 10 que indicaram os resultados mais satisfatórios uma vez que apresentaram resultados não satisfatórios só em relação à contagem de bactérias coliformes a 30ºC.

Nestes estabelecimentos foram analisados uma bifana no pão e uma sanduíche mista com alface.

De acordo com o relatório final, a ACRA concluiu que na colheita das amostras, a maioria dos estabelecimentos já está a cumprir com rigor as medidas necessárias para o manuseamento dos alimentos.

A ACRA refere que "comparando com resultados desta colheita, com os resultados de colheitas anteriores, verificou-se que, de uma maneira geral, houve uma diminuição da qualidade nos estabelecimentos em estudo" e acrescenta ainda que "no entanto não se verificou em nenhum dos estabelecimentos, resultados inaceitáveis ou potencialmente perigosos".

Ainda assim, a ACRA recomenda a todos os estabelecimentos que é "fundamental que os estabelecimentos invistam mais na formação da pessoa que manipula os alimentos, que tenham mais atenção e cuidado com as instalações, equipamento e material utilizado na preparação e confecção dos alimentos, assegurando sempre uma correcta limpeza pessoal". Sublinha ainda que estas medidas "são imperativas e podem contribuir para a melhoria dos resultados referentes à contaminação microbiológica".

E dá até algumas dicas para melhorar as condições, nomeadamente, a lavagem das mãos durante o dia e especialmente da utilização das instalações sanitárias; ao entrar num local onde existam alimentos e antes de manipular alimentos ou material; depois de manipular alimentos frescos; de pois de comer; de fumar; de tossir; de assoar o nariz; ou de se pentear.

Devem ter ainda em atenção à manutenção de unhas curtas e asseadas, cobertura de cortes, feridas ou forúnculos por um adesivo impermeável. De acordo com a associação "a modificação de alguns equipamentos existentes nos estabelecimentos poderá também contribuir para a melhoria das condições".

A ACRA considera que a alteração previsível da legislação comunitária neste sector obrigará, à implementação das propostas anteriores, além de terem de responder a eventuais exigências adicionais. "A segurança alimentar tem de ser o objectivo das actividades de restauração e de outras da área alimentar", segundo a ACRA, adiantando ainda que "para se atingir essa situação os consumidores têm de desempenhar um papel cada vez mais activo, que será função dos conhecimentos que têm o dever de desenvolver e de aprofundar, à medida que as tecnologias evoluem". A apreciação foi realizada de acordo com os "Valores Guia para a avalização da qualidade microbiológica de alimentos prontos a comer preparados pelos estabelecimentos de restauração".

Fonte: Diário dos Açores

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