A exposição humana ao químico Bisphenol A (BPA), utilizado em muitas embalagens alimentares, é muito maior do que os níveis encontrado em animais de laboratório aos quais foi provocado cancro.
Um grupo de 38 cientistas, associados a pesquisas de BPA, publicaram uma declaração que demostra a sua particular preocupação sobre o uso consciente do BPA, em alimentos e bebidas embalados em plástico, que podem ser submetidos a um aquecimento e também em forros de latas metálicas.
As conclusões destes cientistas são baseadas numa colecção de novos estudos e revisões publicadas no “journal Reproductive Toxicology”.
Estes resultados poderão vir a forçar os processadores a procurar embalagens alternativas mais seguras.
BPA é um aditivo vulgarmente usado no forro da resina das latas, em embalagens plásticas, que incluem as populares garrafas de água e biberons de bebé e também em pastas dentífricas, sendo estas as principais fontes de exposição.
Outros estudos publicados referem também que este químico migra em pequenas quantidades para o alimento e bebidas contidos em embalagens que tenham na sua constituição esta substância.
Com base em vários estudos é unanime, por parte dos cientistas, os potenciais efeitos adversos, de pequenas doses de exposição ao BPA.
Alguns destes cientistas focaram as suas atenções no extenso estudo feito em animais, visto o resultado desse exame incluir, um prematuro desenvolvimento de peito, cancro da próstata, decréscimo do número de espermas, puberdade antecipada em ratos e ratazanas expostos a níveis de BPA, que se podem comparar à maioria da exposição dos Americanos.
No entanto, outras opiniões referem a existência de poucos estudos epidemiológicos dos efeitos do BPA em humanos, para determinar até que ponto estes estudos realizados em animais podem ser transpostos para doenças e disfunções humanas.
Fonte:foodproductiondaily