Os testes ao vírus H5N1 realizados a 350 mil aves selvagens na Europa, Ásia, África e América resultaram negativos, informou a ONU, que vê aqui uma prova de que a gripe das aves está circunscrita aos animais domésticos.
Apesar destes números, especialistas reunidos num workshop de três dias sobre o tema, na Tailândia, defenderam a necessidade de maior coordenação na vigilância, uma vez que o vírus mortal H5N1 foi detectado em animais isolados de 90 espécies diferentes.
Os cientistas recearam a propagação do vírus com a migração das aves, no Inverno para a África e o Médio Oriente, e o seu regresso à Europa na Primavera, receios que acabaram por não se confirmar.
No entanto, foi ressalvado que os testes negativos não devem excluir as aves selvagens como fontes de transmissão do vírus.
Defendeu, pelo contrário, que os governos devem manter activa a vigilância às aves selvagens com o reforço de testes, particularmente nos locais onde convivem com as domésticas.
Os especialistas apelaram aos governos para focarem os respectivos recursos em manter o vírus confinado às aves domésticas, mas para não descurarem a vigilância das selvagens.
O vírus H5N1 da gripe das aves matou pelo menos 199 pessoas em todo o mundo e provocou o abate de mais de 200 milhões de aves desde 2003.
Apesar de ser de difícil transmissão a humanos, os especialistas receiam que o vírus possa sofrer uma mutação que o torne facilmente transmissível a ponto de provocar uma pandemia a nível mundial.
A maioria dos casos de gripe das aves identificados em humanos até ao momento foi em pessoas que mantiveram contacto com aves infectadas.
Fonte:Agroportal