Até 2030, e tendo em atenção o crescimento demográfico, serão precisos 37 milhões de toneladas de peixe suplementares, por ano, para manter os níveis actuais de consumo.
Tendo as pescas de captura tradicionais atingido os seus limites de produção, a piscicultura representa o único meio de suprir o deficit.
No entanto, isto só poderá ser feito através de promoção sustentável e uma gestão responsável.Esta foi a mensagem transmitida pela FAO aos representantes das principais autoridades haliêuticas do mundo reunidas em Roma ao nível ministerial para debater a contribuição da aquacultura para o desenvolvimento sustentável.
Durante um quarto de século, a piscicultura constituiu o sector de produção viveirista com mais forte crescimento no mundo (8,8 % por ano desde 1970).
A título de comparação, o sector pecuário, considerado como um sector de forte crescimento, não cresceu mais do que 2,8 % por ano durante o mesmo período.
Hoje, cerca de 45 % de todo o peixe consumido pelo homem – 48 milhões de toneladas no total – provêm das pisciculturas.
Até 2030, com 2 biliões de pessoas que vêm aumentar a população mundial, a aquacultura deverá produzir quase o dobro, ou seja 85 milhões de toneladas de peixe por ano, o que não permitirá mais do que conservar os níveis actuais de consumo por habitante.
Comentando estas tendências, Jacques Diouf, Director geral da FAO, recordou aos participastes que o progresso da aquacultura deveria ser uma prioridade da agenda do desenvolvimento internacional.
Sublinhou, no entanto, que as decisões de política correctas sobre a utilização dos recursos naturais (nomeadamente a água, a terra, as sementes e a forragem), bem como sobre uma gestão racional do ambiente serão precisas parar apoiar e reforçar o crescimento da aquacultura.
Um documento da FAO apresentado na reunião dos ministros precisava que, a aquacultura ajuda não só a reduzir a fome e a má nutrição oferecendo um alimento rico em proteínas, em ácidos gordos, em vitaminas e em minerais, como melhora consideravelmente a segurança alimentar criando empregos e aumentando os rendimentos.
Fonte: AgroNotícias