Maior herdade privada existente em Portugal, juntamente com os municípios de Alcácer do Sal e Grândola, vai combater a elevada população de mosquitos existente nos seis mil hectares de arrozais da zona, através de uma bactéria que ataca as larvas.
O projecto já envolveu o estudo e a identificação dos sítios onde há criação de mosquitos, mas as acções no terreno para controlar a população do insecto só deverão avançar em Abril de 2008.
Com as alterações climáticas, a elevada população de mosquitos, sobretudo de quatro espécies, pode tornar-se num perigo para a saúde pública, visto tratar-se de insectos que podem ser portadores de vírus de várias doenças, como a malária.
Os quase seis mil hectares de arrozais existentes nessas áreas, mas também os campos de arroz abandonados e os sapais, onde a água fica mais parada, são os locais que servem de "maternidade" aos mosquitos e nos quais se centra o seu combate.
O plano de acção, foi concebido por uma empresa grega especializada no combate aos mosquitos, e vai implicar a utilização de uma bactéria (Bacillus turingiensis) que ataca as larvas e impede o desenvolvimento do insecto.
Trata-se de um produto biológico e que só ataca as larvas, permitindo actuar em ambiente terrestre, com vantagens relativamente a tratamentos em ambiente aquático.
Isto porque, se for colocado outro tipo de produto na água, o impacto é muito maior, ao contrário desta bactéria que só ataca o que se quer e até se pode aplicar em tratamentos de água potável, nomeadamente em albufeiras.
A partir de Abril próximo, começará a ser feita diariamente a prospecção das zonas passíveis de acolher larvas de mosquito e, nos locais em que estas forem sendo detectadas, será feito o tratamento.
Fonte:Confagri