Um composto em peixes, como salmão, com altos níveis de azeite melhorou os perfis de lípidos no sangue de voluntários, num estudo realizado pelo Serviço Investigação Agrícola (ARS).
Uma equipa de investigadores da ARS realizaram o estudo de DHA, o ácido docosahexanóico, um ácido polinsaturado, que se pensa melhorar a saúde cardiovascular.
Esta investigação, publicada este ano na Revista Americana de Nutrição Clínica, é a primeira a analisar, em homens com altos níveis de triglicerídeos, os efeitos do DHA nos triglicerídeos quer durante o jejum como depois de comer, e em medir as quantidades e tamanhos das partículas de colesterol HDL, LDL e VLDL.
Níveis altos de triglicerídeos e colesterol e um número alto de partículas pequenas do colesterol LDL no sangue aumentam o risco de doença cardiovascular.
O estudo reforça vários estudos de investigação que já provaram os efeitos do DHA por si só nos humanos, mas desta vez foi estudado esse feito quando adicionado com EPA (ácido eicosapentaenóico), outro azeite natural.
EPA e DHA são componentes naturais do azeite de peixe.
Metade dos 34 voluntários do estudo, com idades entre os 39 e os 66 anos, consumiram aproximadamente metade de uma colher de café de DHA diariamente, junto com comidas regulares, durante 90 dias, tendo a outra metade ingerido azeite em vez de azeite DHA.
Amostras de sangue recolhidas em jejum mostraram que o DHA reduziu para 22% a quantidade de partículas pequenas de colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade).
O tamanho pequeno destas partículas de LDL é mais prejudicial para o sistema cardiovascular.
O DHA aumentou a quantidade de partículas grandes de LDL para 127%.
Como as partículas grandes de LDL são menos prejudiciais do que as pequenas, alguns investigadores acreditam que as partículas grandes de LDL não danificam as artérias.
O DHA também reduziu os triglicerídeos para 24%, quer nas amostras de sangue recolhidas em jejum e depois de comer.
O efeito depois de comer, poderia ser de interesse particular para os médicos, que procuram alternativas às terapias convencionais para baixar os níveis de triglicerídeos.
Fonte:ARS