O calor, a mosca do Mediterrâneo e o fungo "gafa" reduziram a qualidade do azeite algarvio, apesar da campanha do azeite 2007/2008 registar um aumento de cerca de 200 por cento.
A "gafa" é causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides que ataca a azeitona, normalmente, no mesmo local onde a mesma foi picada pela mosca.
Numa região que em tempos contava com mais de 20 lagares de azeite, o Algarve estima recolher nesta campanha de Inverno 5,5 mil toneladas de azeitona com apenas cinco lagares legalizados e a laborar.
Apesar do aumento da quantidade em relação ao ano passado, o grau de acidez daquela gordura natural está acima do ideal devido às moscas do mediterrâneo, ao fungo "gafa" e ao calor.
No entanto, as últimas azeitonas recolhidas este mês já são de melhor qualidade e com menor grau de acidez.
Os produtores queixam-se de uma má campanha, e de que as azeitonas não foram tratadas contra as moscas e os fungos.
A Cooperativa Agrícola de Santa Catarina da Fonte do Bispo (Tavira), que recebeu até à data 600 toneladas de azeitonas na actual campanha também se queixa da má qualidade registada no azeite, indicando que o azeite está a sair com dois ou três graus de acidez.
A cooperativa recebe o fruto da oliveira de todas as partes do Algarve, desde Querença, lagos, Alcoutim, Cachopa, mas também chega a vir do Alentejo e de Espanha.
A Cooperativa Agrícola de Santa Catarina da Fonte do Bispo já foi, no passado, a maior cooperativa de cereais do sul do país, com quatro silos gigantescos, a transformar trigo, milho e aveia.
Fonte:Confagri