O Comité Permanente da Cadeia Alimentar e Saúde Animal da União Europeia aprovou ontem a proposta de reforçar as restrições e os controlos à importação de carne bovina do Brasil, apresentada segunda-feira pela Comissão Europeia.
O comité, que integra peritos dos Estados-membros, concordou que a partir de 31 de Janeiro próximo, só poderá ser importada a carne de bovino oriunda de produtores que constam de uma lista aprovada por Bruxelas como sendo os que respeitam os critérios da União Europeia (UE).
Os animais oriundos dessas explorações deverão cumprir uma quarentena de 90 dias num território aprovado pela UE, a que se soma um outro período de 40 dias na exploração antes do abate, num total de 130 dias.
A listagem será estabelecida com base na informação fornecida pelas autoridades brasileiras competentes e a UE reserva-se o direito de fazer inspecções, através dos seus serviços veterinários.
A decisão de ontem tem origem em relatórios desses mesmos serviços, que identificaram deficiências no sector bovino em inspecções no Brasil realizadas pelos Serviços Veterinários da Comissão Europeia.
As deficiências detectadas prendem-se com o não cumprimento com as regras da UE sobre o registo de explorações, identificação e controlo de movimentos dos animais.
De acordo com um comunicado divulgado por Bruxelas, apesar dos vários avisos da Comissão, as autoridades brasileiras não tomaram as medidas adequadas para corrigir os problemas e cumprir com os requisitos da UE.
O Brasil é o primeiro exportador mundial de carne bovina, com cerca de 2,3 milhões de toneladas por ano, cerca de um terço do total mundial.
Fonte:AgroNotícias