Microrganismos patogénicos, dejectos orgânicos, substâncias químicas, compostos orgânicos, sedimentos ou substâncias radioactivas são alguns dos maiores riscos de contaminação na água e que tornam mais vulnerável a sua segurança.

Aos já tradicionais sistemas de desinfecção, como o cloro e os raios ultravioleta, poderá ser adicionada uma nova técnica genética, desenvolvida por investigadores americanos.

Esta técnica denominada de RNA, consiste em activar “interruptores moleculares” capazes de inibir a acção dos genes dos fungos que contaminam a água.

Mais de mil milhões de pessoas estão expostas a fontes de abastecimento de água potencialmente nocivas, e quase dois de cada dez carecem de uma fonte de água potável segura.

Estas são algumas dos resultados animadores que oferece a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o acesso seguro a este líquido elementar, um gesto que no mundo desenvolvido se entende com algo natural, mas que nos países subdesenvolvidos se traduz em 1,8 milhões de mortes por ano devido a doenças diarreicas, dos quais 90% são crianças menores de cinco anos.

A investigação, que ainda se encontra numa fase preliminar, dá conta da capacidade da tecnologia de RNA para utilizar pequenos fragmentos de material genético coincidente com um segmento concreto do gene dos fungos que podem contaminar a água.

O estudo, que parte de uma técnica utilizada desde há anos no âmbito biomédico, a denominada RNA (estudo da expressão genética), poderá converter-se num substituto dos tradicionais sistemas de descontaminação, como o uso do cloro.

Os primeiros resultados demonstraram que as alteração das qualidades organoléptica da água são mínimas.

Sabor e odor ficam praticamente inalterados, e alguns dos patogénicos que já começavam a mostrar alguma resistência aos tradicionais tratamentos são eliminados.

A investigação, apresentada no encontro anual da Sociedade Americana da Microbiologia, em Boston, tem capacidades para converter-se numa ferramenta eficaz para inibir genes no controlo de bactérias e vírus.

Fonte: Consumaseguridad

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