Especialistas americanos procuram desvendar o genoma do cacau, com o objectivo de obter plantas mais resistentes a pragas e um produto final de melhor qualidade.

Vírus, agentes patogénicos, parasitas ou bactérias estão entre as principais ameaças para a maioria das plantas que são cultivadas por todo o mundo, o cacau, ingrediente básico do chocolate, é um deles.

Biólogos americanos, temerosos que a produção desta planta seja ainda mais escassa do que aquilo que já anunciam, apostam em sequenciar o código genético da árvore Theobroma cacao para torná-la mais resistente a doenças, e para melhorar a qualidade e o sabor dos chocolate.

Para começar com o projecto, os investigadores contam com os progressos alcançados na selecção e na reprodução de variedades diferentes, através de técnicas tradicionais de cruzamento, pretendendo procurar, por exemplo, quais são os genes que protegem as plantas de ameaças externas, como as pragas ou secas.

Está estimado que 30% da produção mundial de cacau foi perdida por alguma doença, especialmente nos últimos 15 anos, sobretudo na África, onde se produzem cerca de 600 mil toneladas de cacau por ano.

Nesta pesquisa será envolvida uma infinidade de produtos feitos à base de cacau, como chocolates e bombons.

Para estes investigadores descobrir a dupla hélice da semente do chocolate, irá permitir, não só, proteger estes alimentos, mas também saber quando a árvore pode crescer mais, quais os processos que ocorrem quando fermentam as sementes, e como obter uma melhor qualidade do produto.

Note-se que se o número de toneladas aumentou nos últimos anos não é porque se tenha melhorado a produção, mas porque se aumentou a superfície cultivada.

Fonte: Consumaseguridad

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