Os consumidores europeus estão geralmente conscientes dos sistemas e das directrizes da rotulagem nutricional bem como das doses diária recomendadas (DDR), de acordo com um estudo recente, mas nem todos procuram realmente a informação nutricional na embalagem.
O estudo conduzido pelo “European Food Information Council” (EUFIC) questionou cerca de 17.300 consumidores em seis países da UE - França, Alemanha, Hungria, Polónia, Suíça e Reino Unido, sendo que cada qual usa um sistema diferente da rotulagem nutricional.
Os investigadores relataram altos níveis de consciência das DDR: geralmente, cerca de 50% dos inquiridos em cada país já tinha ouvido o conceito. Além disso, os consumidores estavam geralmente familiarizados com o sistema de rotulagem usado no seu próprio país.
Os responsáveis por este estudo consideram os resultados positivos, tendo em conta a diversidade de rotulagem nutricional espalhada pela Europa, no entanto o estudo mostra que os consumidores os reconhecem e que geralmente, os sabem usar para fazer as suas escolhas.
O debate entre o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu sobre a harmonização da rotulagem nutricional está em curso desde que a legislação foi proposta para o início deste ano.
A Suécia usa o sistema da rotulagem nutricional do buraco da fechadura. Por meio de buracos da fechadura coloridos diferentes indicam o alimento mais saudável duma dada categoria, tal como produtos lácteos, carne e produtos pré-preparados. Embora o estudo mostrasse 95 % de consciência deste sistema, simplesmente 40 % dos inquiridos tinham mesmo ouvido o termo DDR.
A "Food Standards Agency" (FSA) do Reino Unido, por outro lado, favorece um sistema de sinal para a rotulagem nutricional, que usa o código de cores para indicar quantidades elevadas, médias ou baixas de nutrientes indesejáveis. Alguns fabricantes e retalhistas combinam isto com a informação específica que mostra o valor nutricional como uma proporção de DDR, que recomenda limites do consumo para calorias, gorduras, açúcares e sal.
A consciência da DDR foi mais elevada no Reino Unido, onde cerca de 90 % dos inquiridos já tinha ouvido este conceito que recomenda limites do consumo para calorias, gorduras, açúcares e sal.
Os consumidores estavam, de modo geral, cientes do sistema, embora o estudo sugerisse que os níveis de compreensão subjectiva fossem mais elevados do que a compreensão real. 73 % dos inquiridos pensaram que uma luz vermelha significava que deviam evitar comer um produto particular. Significativamente, menos de 15 % consideraram o sistema do código de cores útil.
Em média, somente 18 % dos consumidores dos países examinados procuram regularmente a informação nutritiva no empacotamento antes de fazer uma compra.
Esta preocupação era mais elevada no Reino Unido, com 27 % dos inquiridos a responder que procuravam essa informação. Em França, somente 9 % assim responderam de igual modo.
Através do inquérito, verificou-se também que menos de 15 % daqueles examinaram outra parte no empacotamento (tal como a lista dos ingredientes) para outro tipo de informação que não a nutricional. Entretanto, na Alemanha esta questão elevou-se para 32 %.
Fonte: Foodnavigator