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Sensor de qualidade microbiológica para embalagens de produtos cárneos
2008-11-20

Como consumidores nem sempre conseguimos detectar quando um produto cárneo se encontra em perfeito estado, como acontece por exemplo na fase inicial da acção dos microrganismos ou outros processos alterantes do alimento. Para além deste factor, as embalagens que os contêm não permitem ao consumidor perceber os odores libertados.

Em muitas situações, e ainda antes do processo de degradação estar a decorrer, só um olfacto extremamente apurado conseguiria perceber o estado da carne.

Por outro lado, em alguns dos processos de contaminação por microrganismos patogénicos não se produz uma alteração perceptível das características organolépticas do alimento.

Na realidade, só podemos detectar odores quando estão presentes pelo menos 10 milhões de bactérias por grama de carne. Uma quantidade inferior resulta numa difícil percepção da sua degradação.

Recentemente, dois investigadores americanos apresentaram um novo sensor para embalagens, para aplicação na indústria cárnea, que informa os consumidores do estado microbiológico do produto.

Para os responsáveis desta investigação, este novo sensor para embalagens cárneas teria um efeito 200 a 400 vezes mais eficaz que o olfacto humano, o que permitiria alertar-nos, com muito mais efectividade e antecipação, para o facto de uma peça de carne se encontrar em mau estado e, por isso, resultaria numa ferramenta útil de prevenção de possíveis intoxicações provocadas pelo seu consumo.

O mecanismo deste sensor baseia-se na detecção de gases e determinados produtos químicos resultantes da acção decompositora de bactérias como Achromobacter e Micrococcus.

Esta detecção traduz-se numa variação de cores no sensor. Assim, uma embalagem com um sensor amarelo indicará que a carne está em perfeitas condições, ao contrário do que acontece se a cor for vermelha, o que assinalaria que a carne está em mau estado.

Esta nova ferramenta, além de ser útil para os consumidores, também servirá para que os pontos de venda possam detectar o perfeito estado dos seus produtos com uma simples olhar sobre o sensor.

Trata-se de um importante avanço das novas tecnologias de detecção da contaminação microbiológica dos alimentos, ainda que, de momento, os investigadores continuem a trabalhar no novo sensor para que a Agência de Medicamentos e Alimentos dos EUA (FDA) o aprove e comece a comercializar-se carne embalada com este sistema de detecção.

Um dos próximos passos desta investigação é desenvolver novos sensores capazes de detectar a presença de microrganismos patogénicos como Escherichia coli O157: H7, uma das estirpes mais perigosas de E. coli e cuja principal via de infecção nos seres humanos são os alimentos.

Fonte: Consumaseguridad

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