01 de Dezembro de 2025
Test-Drive
Test-drive
Experimente grátis!
Notícias
Newsletter
Notícias
Alga espirulina como complemento dietético
2008-12-05

A espirulina (Spirulina maxima) é uma alga unicelular que cresce e se multiplica em águas naturais, em meio alcalino, e foi descoberta pela primeira vez em lagos mexicanos, no entanto actualmente é cultivada em vários países.

Morfologicamente tem a forma de espiral, daí o seu nome, é de cor azul esverdeada devido à presença de clorofila que lhe dá a cor verde, e de ficocianina, pigmento responsável pela sua cor azulada.

Esta alga pode ser muito interessante como suplemento a uma dieta correctamente planificada em caso de anemia, pois favorece a produção de glóbulos vermelhos pela sua riqueza em clorofila, ácido fólico e ferro, todos eles nutrientes com um carácter antianémico.

Em programas dietéticos de redução de peso pode ser utilizado como suplemento pelos seus poderes nutritivos, que podem compensar os défices em certas vitaminas e minerais que podem surgir se for mantida durante muito tempo uma dieta hipocalórica. No entanto, não há evidência de que o consumo contribua de maneira directa a reduzir o peso ou a gordura, ao contrário dos anúncios que são associados a esta alga.

Este suplemento pode ser adequado para a pele e para reforçar as unhas devido à sua riqueza em vitaminas do grupo B e certos minerais, como ferro, magnésio e zinco. Devido à sua concentração de nutrientes pode ser uma importante ajuda para o organismo que enfrenta um esforço físico e em estados carenciados, se forem seguidas dietas desequilibradas.

A simplicidade biológica desta alga não a impede de que seja capaz de sintetizar substâncias nutritivas que armazena no seu citoplasma (parte da célula que rodeia o núcleo desta), especialmente proteínas de elevado valor biológico: 5 a 7 grs/100 grs de produto na alga fresca e 55 a 65 grs/100 grs na desidratada; vitaminas do grupo B, especialmente vitamina B1 ou tiamina, B2 ou riboflavina, B3 ou niacina e folatos.

É igualmente destacada a presença de beta-caroteno (organismo transforma esta substância em vitamina A); minerais e oligoalimentos como potássio, magnésio, cálcio, zinco, manganês, selénio, ferro e fósforo.

Uma característica que a diferencia das algas marinhas é não conter iodo; gorduras só tem uns 7% e estão na sua maioria em forma de ácido gordos essenciais que formam parte da membrana celular de todas e cada uma das células do nosso corpo; outras substâncias, como a clorofila, têm a capacidade de favorecer a digestão.

A publicidade sobre a alga espirulina faz ênfase à sua riqueza em vitamina B12, vitamina ausente em alimentos de origem vegetal. A quantidade deste nutriente na alga no seu estado natural enumerado na rotulagem é enganadora porque está em forma inactiva e o corpo não o pode utilizar.

Autores italianos realizaram, já há mais de 20 anos, um estudo para analisar o valor nutritivo das proteínas derivadas da biomassa de algas do género Spirulina maxima, com vista a possíveis utilização de essas proteínas na alimentação humana.

Já naquela época diversos investigadores, defendiam o uso destas biomassas como uma fonte alternativa de proteínas alimentícias e também como suplemento em tratamentos dietéticos de emagrecimento.

Na investigação, que se realizou com ratos, os investigadores comprovaram durante o período de prova que a ingestão de alimentos (e por tanto de calorias) foi praticamente a mesma tanto no grupo de controle como nos animais que receberam o suplemento de espirulina.

Não foi portanto constatada a acção esperada da espirulina no controle do apetite e da saciedade. Neste sentido, não se encontram investigações recentes nas quais tenha tentado constatar o efeito da espirulina como coadjuvante nas dietas de emagrecimento. Isto leva a concluir que não há evidência científica que sustente o peso da publicidade que lhe atribui poderes na ajuda à perder de peso.

Fonte: consumaseguridad

» Enviar a amigo

Qualfood - Base de dados de Qualidade e Segurança Alimentar
Copyright © 2003-2025 IDQ - Inovação, Desenvolvimento e Qualidade, Lda.
e-mail: qualfood@idq.pt