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Dioxinas obrigam a destruir carne
2008-12-15

Valores detectados acima do permitido por lei não acarretam riscos.

As análises confirmam que alguns lotes da carne de porco importada da Irlanda estão contaminados com dioxinas acima do limite legal. Contudo, aos níveis detectados, seria preciso comer carne diariamente durante três anos para que houvesse riscos.

Face aos resultados, as cerca de 30 toneladas de carne retiradas do mercado na semana passada, parte das quais já transformadas em enchidos e produtos similares, vão ser destruídas por apresentarem "uma inconformidade legal".

Em comunicado, o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP) salienta que a operação decorrerá "em condições de segurança, sob a supervisão das autoridades oficiais competentes".

Apenas cerca de 300 quilos de produtos transformados não foram, até agora, retirados do mercado, segundo o balanço actualizado feito, ontem à noite, por fonte da Secretaria de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor. Mesmo que tenham sido eventualmente consumidos, as autoridades tranquilizam os consumidores.

O MADRP cita a Agência Europeia de Segurança Alimentar, que emitiu na quarta-feira passada uma declaração sobre a avaliação do risco, para explicar que os níveis de contaminantes "são de tal modo baixos que não têm a mínima possibilidade de provocar efeitos adversos sobre a saúde desses indivíduos".

Os resultados dos níveis de dioxinas não foram, contudo, divulgados em termos quantitativos. O comunicado do Ministério da Agricultura refere apenas que "nalgumas amostras são ligeiramente superiores aos limites legais" admitidos pelo regulamento comunitário datado de 2006.

Também Adriano Rodrigues Teixeira, director do laboratório do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), que efectuou as medições, não divulga resultados, por pertencerem "a quem pediu o ensaio" - ou seja, à Direcção-Geral de Veterinária (DGV). Explica que algumas amostras deram resultados negativos e nos casos positivos há valores variáveis.

Contudo, mesmo atendendo aos mais elevados, esclarece que seria preciso comer a carne contaminada durante três anos, todos os dias, para se atingirem níveis de risco.

Para se ter uma noção comparativa, o valor máximo fixado por lei baseia-se em estudos da Organização Mundial de Saúde e define uma larga margem de erro em relação a uma "ingestão diária tolerável" que apenas após 20 anos acarretaria danos.

Os resultados das medições, obtidos automaticamente por ser um método mais rápido que o manual, foram apurados ontem e de imediato comunicados à DGV.

Fonte: Jornal de Notícias

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