Isto é demonstrado por uma investigação que faz parte do estudo de Seguimiento Universidad de Navarra (SUN), com mais de 9.000 voluntários.
O consumo excessivo de álcool tem sido associado com o risco de hipertensão.
No caso da cerveja e bebidas alcoólicas, esta relação foi mais evidente, do que no caso do vinho.
O trabalho analisa a relação entre a quantidade e o tipo de álcool ingerido com a hipertensão numa população Mediterrânica.
No que diz respeito ao vinho, foi observada uma relação inversa entre o consumo e o risco de hipertensão, mas não foi estatisticamente significativa.
A descoberta, que pertence a uma tese de doutoramento, realizada no departamento de Medicina Preventiva e Saúde Pública, da Faculdade de Medicina, é o produto de um acompanhamento de 9.408 homens e mulheres.
Também foi analisada a adesão dos voluntários a um padrão de dieta Mediterrânica: durante seis anos de acompanhamento deste grupo de participantes foram identificados 501 casos de hipertensão. E os resultados demonstram que a dieta mediterrânica não está associada com o risco de hipertensão, mas poderia ter um efeito benéfico sobre os níveis médios de pressão arterial.
Frutas, legumes e azeite
Além disso, os resultados do projecto na Universidade de Navarra revelam que o consumo de frutas e vegetais reduz o risco de hipertensão.
Estes efeitos benéficos foram mais evidentes em pessoas que ingeriam menos azeite, como nos países não Mediterrâneos, onde esta descoberta pode ser tida em consideração para as suas políticas nutricionais.
As conclusões do estudo foram publicadas no American Journal of Epidemiology, a quarta revista de investigação epidemiológica com maior impacto no mundo.
Fonte: Agrodigital