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Haemophilus parasuis em suínos
2009-03-26

Haemophilus parasuis é o agente etiológico da doença Glasser em suínos, caracterizada por poliserosite fibrinosa e meningite.

Haemophilus parasuis encontra-se frequentemente no tracto respiratório superior de suínos, no entanto nem todas as estirpes causam doença.

Foi realizado recentemente um estudo, que recorreu às técnicas de comparação genética, o que permitiu distinguir quais as possíveis estirpes patogénicas desta bactéria.

Numa primeira fase sequenciou-se 98% do genoma (2,35 Mbp) de uma estirpe altamente patogénica, e decifrou-se o seu código genético.

Foram identificados 13 genes que codificam autotransportadores triméricos (AT-2), que são considerados os principais factores de virulência.

Os AT-2 são proteínas expostas à superfície das bactérias, que aderem aos tecidos e promovem a disseminação destes microrganismos no hospedeiro.

Para determinar se os genes codificados para o AT-2 estão presentes ou não nas estirpes não patogénicas, foi utilizada a técnica de hibridização de DNA em microarrays (nova técnica que permite a análise simultânea de milhares de marcadores genéticos numa pequena preparação).

Os genes foram depositados sobre vidro e foi investigada a sua capacidade de união ao DNA de outras estirpes de Haemophilus parasuis.

Os resultados foram gritantes: todas as estirpes patogénicas têm AT-2, enquanto as estirpes não patogénicas são desprovidas destes genes.

Esta descoberta explica, em grande parte, porque razão as estirpes patogénicas podem colonizar diversos tecidos no organismo.

Numa segunda fase, sequenciaram-se os genes AT-2 procedentes de várias estirpes de Haemophilus parasuis revelando como ocorre a sua evolução.

Os genes AT-2 não ampliam simplesmente a sua diversidade por mutação e duplicação numa única bactéria, como também trocam módulos entre diferentes bactérias da mesma espécie.

A partir destes resultados, foi desenvolvido um simples teste molecular que permite diferenciar estirpes de Haemophilus parasuis com potencial patogénico de estirpes não patogénicas.

Os AT-2 podem, para além disso, ser bons candidatos ao desenvolvimento de novas vacinas para combater a doença de Glasser.

Fonte: Agrodigital

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