Foi anunciado recentemente, pela Autoridade Belga de Segurança Alimentar (AFSCA/FAVV), a detecção de amarelo de metilo, substância já utilizada anteriormente como aditivo alimentar mas que se veio a revelar tóxica para a saúde humana, em pó de caril, importado por uma companhia belga da Índia, durante uma acção de fiscalização de rotina.
Consequentemente, a autoridade mandou retirar do mercado todos os lotes de caril deste importador.
A AFSCA decidiu que deveriam ser destruídos todos os lotes de caril em que foi detectado o amarelo de metilo e também todos os produtos que continham caril dos lotes contaminados, permitindo apenas a comercialização de produtos que apresentassem concentrações desta substância inferiores a 15 ppb.
Esta contaminação parece estar relativamente controlada, pois até agora ainda não foi retirado do mercado nenhum produto acabado, por não apresentarem concentrações superiores ao limite estabelecido.
Este não é o primeiro caso de contaminação por esta substância, em 2005 no Sudão, foi detectado um molho, importado do Reino Unido, contaminado com esta substância.
Esta contaminação levou à maior retirada de produtos do mercado no Reino Unido, pois este molho era utilizado como ingrediente de muitos outros produtos.
O nível máximo de amarelo de metilo (4-dimethylaminoazobenzeno), substância com potencial cancerígeno e mutagénico, detectado até ao momento em alimentos contaminados foi de 1600 ppb.
A AFSCA garante que os consumidores que possam ter ingerido o caril contaminado não estão em risco, pois o caril que continha níveis superiores ao permitido foi retirado de circulação.
Segundo o ultimo anúncio da AFSCA foram detectados 5 lotes contaminados com esta substância.
A AFSCA aconselha os consumidores a devolver todos os produtos que contenham caril às lojas onde os adquiriram.
Fonte: FoodQuality