Vários países têm relatado casos suspeitos de gripe suína, doença que atinge seres humanos, cujo vírus é originário de suínos.
Estes casos de infecção humana com um vírus da gripe suína do tipo "Influenza A" subtipo H1N1, à semelhança das estirpes de vírus de gripe sazonal, provocam situações clínicas mais graves nas crianças e nos idosos.
Face à situação existente, o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas viu-se obrigado a fazer alguns esclarecimentos.
O facto do vírus em causa ser de origem suína leva as pessoas a ter algum receio de consumir a carne proveniente deste animal, contudo, o vírus em causa não se transmite através do consumo de carne de porco, mas sim pelo contacto das pessoas doentes com as saudáveis.
Como nos últimos seis meses não foi importado para Portugal qualquer material obtido de suínos originários do México ou dos Estados Unidos da América, países onde já foi confirmado o surto de gripe suína, a eventual possibilidade de introdução do vírus no território nacional só se coloca pela via dos humanos que viajem ou contactem com viajantes.
Apesar de nas últimas décadas, não ter sido detectada em Portugal qualquer infecção em suínos causada por esta estirpe de vírus, nem quaisquer situações de gripe suína, a Direcção Geral de Veterinária (DGV) manterá em funcionamento um dispositivo de acompanhamento da evolução da situação.
Esta medida da DGV é apenas por mera precaução, na medida em que o actual surto de gripe causada por esta estirpe de vírus é, estritamente, um problema do foro da saúde pública.
O único receio da DGV é que os humanos doentes com gripe que contactem com suínos possam contagiar os animais e eventualmente desencadear alterações genéticas no vírus, pelo que se justifica um acompanhamento atento por parte dos serviços veterinários.
Esta estirpe particular de vírus de origem suína influenza A (H1N1) é contagiosa e propaga-se a partir de humanos para outros humanos, no entanto, neste momento, não se sabe, com muito rigor, com que facilidade o vírus se propaga.
Pensa-se que a propagação deste vírus está a ocorrer de forma idêntica à do vírus da gripe sazonal, ou seja, são as pessoas com gripe que, através da sua tosse, de espirros, ou das mãos que contactaram com corrimentos nasais, passam o vírus a outras pessoas.
As pessoas podem também ficar infectadas pelo vírus da gripe se tocarem em objectos ou superfícies que tenham sido contaminadas por uma pessoa doente e se, em seguida, levarem as mãos à boca ou ao nariz.
Fonte: Confagri