Um novo método capaz de detectar a presença de 17 antibióticos em simultâneo no mel, em menos de 10 minutos, foi desenvolvido por uma equipa de químicos da Universidade de Almería (UAL).
Os investigadores afirmam que alguns resíduos dos antibióticos utilizados para tratar as abelhas podem permanecer no mel.
Antónia Garrido, autora principal do estudo e responsável pelo Grupo de Investigação Química Analítica de Contaminantes da UAL explica que o método desenvolvido permite detectar simultaneamente várias classes de resíduos de antibióticos (macrolídeos, tetraciclinas, quinolonas e sulfonamidas) em mel.
Este novo método baseia-se na utilização da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC), técnica que permite separar os compostos da amostra, acoplada à Espectrometria de Massa, com a qual é possível identificar simultaneamente até 17 antibióticos.
Com o desenvolvimento deste novo método que garantem a sua grande utilidade, uma vez que permite com apenas uma análise determinar a presença de diferentes grupos de antibióticos na mesma amostra.
Outra das vantagens da utilização deste método é a diminuição significativa do tempo de análise, pois a cromatografia pode ser realizada em menos de 10 minutos, o que possibilita a sua utilização em análises de rotina.
A técnica desenvolvida pelos investigadores da UAL permite detectar concentrações ente 0.1 e 1 µg/kg de mel, dependendo do tipo de antibiótico que se pretende detectar.
Este novo método foi testado em 16 amostras de mel e foi verificado que, três das amostras analisadas continham resíduos de antibióticos utilizados no tratamento das abelhas.
Embora as baixas concentrações de antibióticos encontradas não representem um risco directo para os consumidores, o uso excessivo ou a sua má utilização pode afectar a segurança do mel.
Fonte: Consuma Seguridad