Uma nova técnica que permite proteger os ovos líquidos pasteurizados contra a contaminação bacteriana, foi desenvolvida por investigadores do Centro de Investigação da Região Ocidental (ERRC), mantido pelo Serviço de Investigação Agrária (ARS) em Wyndmoor, na Pensilvânia.
A pasteurização permite eliminar os microrganismos patogénicos sensíveis ao calor, contudo, alguns patogénicos resistem às temperaturas elevadas, colocando em risco a segurança dos consumidores.
A nova tecnologia, designada Separação da Membrana por Microfiltração de Fluxo Cruzado (CMF, sigla em Inglês), elimina mais agentes patogénicos que a pasteurização não afectando a capacidade dos ovos de produzir espuma, coagular e emulsionar.
Assim sendo, os ovos tratados com CMF podem substituir com segurança os ovos pasteurizados, nos produtos onde estas características são desejadas.
Num estudo à escala piloto com claras de ovos não pasteurizadas e inoculadas com Salmonella enteritidis, a técnica CMF eliminou aproximadamente 99,99% das bactérias.
A técnica CMF é, também, eficaz na eliminação de esporos de bactérias como o Bacillus anthracis das claras dos ovos.
Esta nova técnica poderá também ser utilizada na eliminação de microrganismos patogénicos em produto como o leite, aumentando assim o seu tempo de vida útil.
Apesar da eficácia desta nova técnica quando utilizada isoladamente, esta não deve ser utilizada como substituto à pasteurização, mas sim como uma técnica complementar.
A combinação da pasteurização com a CMF permite reduzir significativamente os níveis de agentes patogénicos, garantindo assim uma maior segurança dos produtos.
Fonte: USDA