Os Ministros da Agricultura da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) aprovaram, na sua 4ª reunião, um plano de acção em segurança alimentar e a criação de um grupo de trabalho que passa a actuar imediatamente.
Segundo a declaração final da reunião, a primeira tarefa do grupo de trabalho é estabelecer um programa de apoio para a agricultura da Guiné-Bissau.
O ministro português Jaime Silva, que presidiu a reunião, em Brasília afirmou que já no segundo semestre, serão implementadas acções individuais ou colectivas que permitam assegurar aos guineenses maior segurança alimentar e um mínimo de rendimentos na agricultura.
O representante do Governo luso afirma ser necessário que os países mais desenvolvidos da CPLP ajudem a Guiné-Bissau a ter capacidade produtiva própria, já que o país importa mais de 60% daquilo que consome.
Jaime Silva defendeu que têm que passar a uma celeridade estrutural, com transferência de conhecimento, de tecnologia, formando as pessoas localmente.
O Governo português dispôs-se a oferecer tanto a cooperação técnica, como a levar empresários portugueses para investir no país e a procurar programas da União Europeia que possam significar investimentos na área agrícola.
A ministra guineense da Agricultura, Evarista Sousa referiu que a insegurança alimentar é um dos factores de instabilidade na Guiné-Bissau.
Evarista Sousa afirmou que a produção guineense não atinge o consumo interno das populações e este é um dos factores de instabilidade política do país. O desenvolvimento da agricultura é, portanto, uma das prioridades do Governo.A ministra propôs a realização de um colóquio sobre o tema na Guiné-Bissau e pediu aos outros países da Comunidade para mobilizar fundos, trocar experiências e fornecer apoio técnico ao seu país.
Os Estados-Membros vão atender as reivindicações e irão ajudar a reverter esta situação que se agravou com a crise mundial.
A Guiné-Bissau produz actualmente, ainda que não em quantidades suficientes para garantir a segurança alimentar e nutricional de seu povo, cereais, tubérculos, castanha de caju e frutas.
Fonte: AgroNotícias