Uma tese de doutoramento da Universidade de León estabeleceu a via de descontaminação de arsénico com bactérias do género Corynebacterium.
Este semi-metal já se converteu num problema de saúde pública em alguns países como o Bangladesh, ao surgir em concentrações elevadas em poços de água.
sta tese pode permitir o desenvolvimento de microrganismos com elevado potencial para evitar que o arsénio se infiltre nos efluentes de água, contaminando-os.
O arsénio pode surgir na água potável (onde é facilmente solúvel), tendo origem nas nascentes e também pode aparecer como resultado da poluição industrial.
Diferentes microrganismos já desenvolveram sistemas que permitem o combate à toxicidade deste elemento.
O arsénio pode apresentar-se sobre varias formas, de entre as quais se destacam, pela sua importância biológica a forma de arsenato e a forma de arsenito.
Estas formas incorporam-se nas células aproveitando-se de alguns sistemas de transporte de moléculas importantes para a vida celular, como o fosfatol e o glicerol, em organismos eucariotas.
O efeito tóxico do arsénio é produzido através da interacção com o DNA e com proteínas, alterando o metabolismo.
Quando existe arsénio nas células, a Corynebacterium glutamicum apercebe-se através da presença de um regulador, o AsR.
O AsR liga-se a regiões reguladoras que modelam as expressões dos operões.
Quando se introduz sobre a forma de arsenito, o arsénio une-se à proteína e afasta-se da zona reguladora.
Uma vez livre do regulador, o sistema começa coma a expressão que dá origem a proteínas como a AsRB, que basicamente expulsa o arsénio, e a ASRC, que transforma o arsenato em arsenito.
Esta investigação permitiu criar mutantes com capacidade para conter 50 a 100 vezes mais arsénio que a bactéria original.
Fonte: SINC