A ingestão de carotenóides antioxidantes, particularmente de licopeno, pode reduzir o risco de síndrome metabólico, revela um estudo realizado por investigadores da University Medical Center Utrecht.
Os carotenóides encontram-se presentes numa grande variedade de frutas e legumes (morango, tomate, brócolos, couve-de-bruxelas, espinafres, entre outros), especialmente em produtos de cor vermelha, verde, laranja ou mesmo amarela.
Os investigadores verificaram com este estudo que, uma maior ingestão de carotenóides está associada a uma redução de 58% do risco de síndrome metabólico, enquanto uma maior ingestão de licopeno está associada a uma redução de 45%.
A obesidade é considerada o principal factor de risco para o desenvolvimento do síndrome metabólico.
O síndrome metabólico caracteriza-se por uma combinação de disfunções metabólicas tais como triglicerídeos elevados, resistência à insulina e baixo HDL, as quais, em conjunto, aumentam significativamente o risco de diabetes tipo 2 e doença cardiovascular.
Aproximadamente 32% dos adultos norte-americanos são afectados pelo síndrome metabólico, enquanto na Europa são afectados cerca de 15%.
Os investigadores afirmam que um consumo elevado de carotenóides totais, beta-caroteno, alfa-caroteno e licopeno está associado a menor perímetro abdominal e massa gorda visceral e subcutânea.
A ingestão elevada de licopeno está também associada a concentrações séricas mais reduzidas de triglicéridos.
Para a realização deste estudo, os investigadores contaram com a colaboração de 347 homens com idades compreendidas entre os 40 e os 80 anos, dos quais 22% sofriam de síndrome metabólico.
A ingestão de carotenóides, incluindo beta e alfa-caroteno, beta-criptoxantina, licopeno, luteína e zeaxantina, foi avaliada através da utilização de um questionário de frequência alimentar.
Os investigadores concluíram ainda que a ingestão elevada de cada um destes compostos está associada a uma menor incidência de síndrome metabólico e as de licopeno e beta-caroteno, em particular, estão associadas a efeitos protectores.
Fonte: APD