O Painel dos Contaminantes da Cadeia Alimentar (CONTAM) da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) avaliou os riscos para a saúde do aumento do limite máximo permitido de aflatoxinas de 4 µg/kg para 10 µg/kg nas amêndoas, avelãs e nos pistáchios.
As aflatoxinas são um grupo de micotoxinas produzidas por muitas das espécies do fungo Aspergillus, tais como Aspergillus flavus, Aspergillus niger e Aspergillus parasiticus.
Estas substâncias tóxicas têm a capacidade de se ligar ao DNA das células provocando a inibição da replicação do DNA.
A exposição a concentrações elevadas de aflatoxinas produz graves danos no fígado, tais como necroses, cirroses hepáticas, carcinomas ou edemas e aumenta a probabilidade de desenvolvimento de cancro hepático.
A avaliação dos riscos para a saúde decorrentes do aumento do limite máximo permitido de aflatoxinas foi solicitada pela Comissão Europeia (CE) e foi realizada com base em aproximadamente 35.000 resultados de análises a ocorrências de aflatoxinas em vários produtos alimentares, que foram realizadas por Estados-Membros em 2006.
Com base na informação disponível o Painel CONTAM concluiu que o aumento do teor máximo permitido de aflatoxinas totais nestes três frutos secos de 4 µg/kg para 10 µg/kg não representa um aumento significativo dos riscos para a saúde.
Contudo, o Painel CONTAM afirma que é fundamental manter a exposição a aflatoxinas de origem alimentar tão baixa quanto possível, através da redução do número de alimentos altamente contaminados que chegam ao mercado.
Fonte: EFSA