Foram identificados, pela primeira vez, compostos antioxidantes em alimentos como o azeite, o mel, a noz e uma planta medicinal denominada Teucrium polium, através de novas técnicas que permitiram identificar e quantificar grande parte dos compostos fenólicos presentes em cada uma delas.
Este estudo foi levado a cabo por investigadores da Universidade de Granada (UGR) e foi publicada em Electrophoresis, Journal of Chromatography e Journal of Agricultural and Food Chemistry.
Alimentos como o azeite, o mel e a noz apresentam diversos benefícios para a saúde, pelo que, é de grande interesse científico proceder ao seu estudo.
De entre estes compostos que atribuem propriedades benéficas aos alimentos estão os compostos fenólicos, que têm despertado o interesse científico devido ao seu poder antioxidante, que os dota de um efeito quimio-protector nos seres humanos e que os faz ter grande influência na estabilidade de oxidação presente nos mesmos.
Os investigadores destacam que os compostos fenólicos possuem um elevado poder antioxidante e, para além disso, influenciam as propriedades organolépticas dos alimentos.
Estudos como o realizado pela UGR são de grande interesse, uma vez que podem determinar a quantidade em que estes compostos estão presentes nos alimentos, assim como quais os compostos que compõem cada matriz, podendo inclusive determinar qual dos compostos apresenta maior actividade e qual a sua acção em concreto.
Esta investigação demonstrou a potencialidade destas técnicas para a separação, identificação e quantificação da fracção fenólica de matrizes vegetais, colocando em prática metodologias apropriadas para aquele fim e, no caso do azeite em particular, estudar alguns parâmetros tecnológicos que afectam o seu perfil fenólico.
A descoberta é de grande utilidade porque os compostos apresentam numerosas propriedades benéficas para saúde, para além de terem uma elevada actividade antioxidante e serem capazes de actuar nos organismos positivamente, prevenindo certas doenças, como diabetes, obesidade, cardiovasculares, cancerígenas e hipertensão arterial, entre outras.
As análises foram realizadas utilizando as técnicas de eletroforese capilar e HPLC acopladas a diferentes tipos de detectores (UV-Vis, MS, RMN).
A eletroforese capilar acoplada a espectrometria de massa revelou-se uma técnica inovadora, nunca antes utilizadas para análise da fracção fenólica de mel e nozes.
Além disso, estes métodos permitiram, pela primeira vez, a identificação de alguns compostos fenólicos presentes nestes alimentos, um ponto de grande interesse pelo seu possível potencial antioxidante dentro da fracção fenólica.
Fonte: Agrodigital