A contaminação bacteriana é mais comum em animais "stressados", segundo revela um estudo conduzido pela University of Bristol em parceria com a indústria avícola do Reino Unido.
Este estudo permitiu avaliar o comportamento de um dos agentes bacterianos responsáveis pelas gastroenterites resultantes do consumo de frangos contaminado, a Campylobacter.
O frango, que apresenta a bactéria no trato gastrointestinal, não possui qualquer sintoma. Contudo, quando este é ingerido pelo homem pode causar graves problemas de saúde.
Segundo o estudo, no Reino Unido existem aproximadamente 400.000 casos por ano de intoxicações alimentares causadas por esta bactéria.
O desenvolvimento da bactéria está possivelmente associado com a libertação da hormona do "stress", conhecida por noradrenalina (enquanto a adrenalina actua na musculatura cardíaca e no metabolismo, a noradrenalina actua na circulação periférica e auxilia o corpo a lidar com o "stress" agudo e crónico).
Esta hormona faz com que a Campylobacter cresça mais rapidamente, aumentando a probabilidade de causar infecções.
A investigação demonstrou ainda que, no transporte ocorre um aumento do índice de libertação da noradrenalina, uma vez que os animais se encontram em situação de "stress".
O "stress" provocado pelo transporte, consequentemente, leva a um aumento dos níveis de contaminação por Campylobacter.
O estudo revelou ainda que a bactéria em causa pode interagir com outros organismos no intestino do animal, o que pode torna-la ainda mais prejudicial.
Os resultados deste estudo foram publicados recentemente no Society for Applied Microbiology.
Fonte: AviSite