A ASAE considera urgente a criação de um registo nacional de infecções e intoxicações alimentares.
Esta recomendação surge na sequência de um estudo a apresentar, esta sexta-feira, sobre o perfil dos principais alimentos consumidos a nível nacional.
Portugal é dos poucos países que não comunica os casos de surto alimentares à União Europeia, apesar de a declaração destes surtos ser obrigatória há já quatro anos, para todos os países da União Europeia.
O sub-inspector geral da ASAE, Barreto Dias, responsável pela avaliação do risco alimentar, admite que os dados são «escassos».
Os responsáveis da ASAE reforçam que uma avaliação rigorosa dos riscos alimentares não é possível sem dados credíveis, sendo vital que a informação dispersa possa ser consultada e tenha um tratamento estatístico.
Só assim se conseguirá ter uma visão global do país, que até agora falta.
Sem números de Portugal, a União Europeia conta perto de 6 mil surtos alimentares por ano, que afectam cerca de 50 mil pessoas. Com 46 por cento dos casos, os cozinhados feitos em casa são, curiosamente, os que levantam mais problemas.
O sub-inspector geral da ASAE admite também que, os portugueses estão pouco atentos aos perigos dos alimentos consumidos em casa. Ovos, carne e peixe são os produtos que levantam mais cuidados às autoridades de segurança alimentar.
Fonte:TSF