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Cada português come por ano um terço dos gelados de um sueco
2009-08-10

Uma vasta tradição e uma grande variedade de doces, a falta de neve e até de aparelhos de refrigeração deixaram o país indiferente aos gelados.

País solarengo e onde o prazer da comida é uma faceta importante da cultura, Portugal não é, apesar disso, um terreno fértil para o mercado de gelados.

Os quase quatro litros de gelado que cada português consome, em média, por ano - um terço do consumo na Suécia e noutros países nórdicos - fazem dos consumidores nacionais dos menos apreciadores de gelados da Europa.

Por trás deste aparente desinteresse estarão razões culturais, gastronomicamente falando, mas também económicas. Começando pelas últimas, a questão não se prende com o custo dos gelados, mas sim, porque os frigoríficos demoraram mais a chegar ao mercado português.

No entanto, a razão mais forte será porque Portugal tem a doçaria tradicional mais rica e diversificada do mundo.

Se na nova cozinha, tão em voga actualmente, o gelado aparece com muito mais frequência e categoria, há alguns anos, o gelado só era colocado na mesa quando não havia outra alternativa para apresentar como sobremesa. Talvez por isso seja, de certo modo, considerado uma sobremesa menor.

Estima-se que cada português coma apenas 15 gelados (de pauzinho) por ano.

Normalmente pensa-se que a comida feita em casa é a melhor, no entanto, isso nem sempre se aplica aos gelados. Isto porque, do ponto de vista nutricional, os gelados caseiros e tradicionais são uma bomba calórica, o que os torna mais problemáticos do que alguns de fábrica, segundo refere o nutricionista João Breda.

Não existe uma regra sobre quantos gelados uma criança, ou um adulto, deve comer por semana. Isso irá depender da sua idade, da massa corporal, do tipo de alimentação que faz e da regularidade com que pratica exercício, refere o coordenador da Plataforma Contra a Obesidade.

Uma criança que coma três peças de fruta por dia e pelo menos uma sopa, poderá comer dois a três gelados por semana, desde que sejam dos mais pequenos.

“O ideal é que o gelado tenha abaixo de 150/160 calorias e quem fez planos para emagrecer também pode comer, mas escolha com menos de 120 calorias", aconselha João Breda.

O nutricionista reconhece que os principais produtores têm procurado diminuir as gorduras saturadas, substituindo-as por gorduras insaturadas de origem vegetal. Além disso, também é notória a redução do açúcar.

Existem já gelados com fibras, que têm adição de inolina, que são mais facilmente absorvidas pelo organismo, dão saciedade, têm menos calorias e até ajudam a digestão.

Um dos erros em que os pais incorrem é dar aos filhos o gelado como um acrescento à refeição ou ao lanche. O gelado deve ser visto, por si só, como uma sobremesa. Deve ter hora marcada: se não for como remate da refeição, então que seja ao lanche da manhã ou da tarde.

O problema dos gelados caseiros e tradicionais, que as geladarias cada vez mais apregoam como a grande alternativa aos gelados de fábrica, é que estes têm tendencialmente muito mais calorias - e é muito mais difícil contabilizá-las. Enquanto as fábricas são agora obrigadas a ter a informação nutricional nas embalagens, isso não acontece com os gelados não embalados, vendidos à bola ou servidos à fatia no restaurante. O que para João Breda pode estar prestes a mudar.

Fonte: Público

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