O leite pasteurizado ou leite do dia, como é conhecido, há cerca de dez anos que não é comercializado em São Miguel, devido à mudança de hábitos de consumo, já que actualmente as pessoas optam por leite com maior prazo de validade.
No entanto, o leite do dia apresenta maiores benefícios nutritivos, com maior percentagem de gordura e proteínas. É apresentado ao consumidor num estado, praticamente, puro.
O leite, depois de recolhido aos produtores, é aquecido a 75ºC, durante 15 segundos, sendo imediatamente arrefecido. Este procedimento permite eliminar todas as bactérias que causam doenças e diminui a quantidade de bactérias que podem deteriorar o leite, além de garantir a sua higiene e preservar as suas qualidades nutritivas. Depois, é colocado nas redes de distribuição, com um prazo de validade de sete dias, desde que seja mantido no frigorífico.
O presidente da Associação Agrícola de São Miguel (AASM), defende a comercialização do leite do dia, porque apresenta uma qualidade superior, podendo ser aproveitando pelas indústrias para “um nicho de mercado”.
O representante dos produtores considera que o relançamento deste produto em São Miguel seria uma oportunidade para a diversificar a oferta de produtos.
Já o presidente da Unileite defende a não viabilidade da produção de leite do dia, porque “os consumidores não fazem compras todos os dias e este leite tem um prazo de validade reduzido”. Recorda, também, que “já houve uma fábrica que produzia apenas leite do dia em São Roque, mas fechou”, colocando, por isso, dúvidas na viabilidade económica deste produto.
“A experiência da Unileite é que o leite do dia não é um projecto com futuro”, defende o presidente da Unileite. Gil Jorge defende ainda que a Unileite aposta na diversificação dos produtos lácteos, com a criação do queijo da ilha, leite de várias variedades e garantiu o lançamento de novos produtos UHT.
Fonte: ANIL